Ator de novelas de sucesso da Globo e da Record, Jorge Pontual foi entrevistado por Daniela Albuquerque no programa Sensacional, da RedeTV!. Na conversa com a comunicadora, o artista falou sobre o comportamento de diretores de folhetins do passado, que eram descritos como rígidos e autoritários, mas que em muitas ocasiões conseguiam extrair o máximo dos atores e alcançar as expectativas de determinadas cenas. Segundo ele, atualmente a abordagem é mais flexível.
“Tem uma série de diretores como o [Walter] Avancini, que já faleceu, que era um cara com uma técnica diferente de abordagem e conseguia tirar o máximo dos atores. Hoje em dia, infelizmente, a gente não pode mais ter essa interação, porque hoje tem que ser um diretor educado, não pode fazer isso, não pode fazer aquilo. Está uma coisa muito chata”, disparou o artista que tem 30 anos de carreira na teledramaturgia. Ele está prestes a iniciar as gravações de uma nova série dirigida por Ignácio Coqueiro.
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Jorge Pontual trabalhou com Roberto Talma (1949-2015) na novela O Direito de Nascer (2001), trama produzida por uma produtora independente e exibida pelo SBT. Ele explica como eram essas ações de diretores mais rígidos na prática. “A atriz que fazia a minha namorada entrou sem força nenhuma e sem a preocupação necessária para a cena. O Talma falou: ‘Mas é uma modelo. Só podia ser modelo, porque não consegue’. A menina começou a chorar e ele foi gravando. Esse era um método que o Avancini mais ou menos fazia [também]”, relembrou.
O ator também revelou que ficou na geladeira de uma emissora depois que decidiu deixar o elenco de uma novela por descontentamento com o papel. “Desde o início não foi como achei que teria que ser. Cheguei para o Herval [Rossano] e falei: ‘Não estou satisfeito, gostaria muito de sair da novela’. Ele falou: ‘Então tá. Você tem que escrever uma carta para a Globo dizendo que você está saindo e que a Globo não vai te dever mais nada’. Fiz a carta, entreguei e saí da novela. Fiquei anos sem voltar”, recordou. Além do trabalho em novelas, Jorge Pontual também acumula passagens pelo cinema e teatro.