Apresentador da TV Brasil, Luiz Carlos Braga foi demitido pela emissora nesta quarta-feira (11). O jornalista, que era editor-chefe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), concedeu uma entrevista ao Podcast 61, em novembro de 2022, onde fez elogios a Jair Bolsonaro (PL) e negou a existência da ditadura militar.
Segundo O Globo, quando os trechos passaram a viralizar na internet, a emissora não iria demitir, mas o cenário teria mudado desde então. Na entrevista, Luiz Carlos Braga opinou sobre a ditadura no Brasil. “Para mim não foi ditadura, foi um governo militar”, disse o jornalista ao apresentador Ronan Carlos, que queria saber se ele “tomou uns cacetes da ditadura militar”.
O ex-jornalista da TV Brasil também elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ele teve muita boa intenção, ele me lembrava muito a forma de governar do Collor. O Collor quando disse que não precisava do Congresso, o Congresso foi e tirou ele. Cometeu alguns erros, mas cometeu erros como todo mundo que passou na Presidência da República cometeu”, afirmou.
O comunicador criticou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Me assusta o fato de você ter uma pessoa condenada em várias instâncias ter virado presidente, porque foram anuladas todas as condenações. Aí você pensa, todos esses juízes estavam errados?”, questionou.
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Luiz Carlos Braga iniciou a carreira na Globo, em 1981. Em 1982, foi transferido para a TV Globo Minas, para ser repórter nos telejornais. Em 1985, foi para o Rio de Janeiro, como repórter do Jornal Hoje e Jornal Nacional. Depois foi transferido para Brasília, como repórter do Jornal Nacional. Pouco tempo depois, o jornalista virou correspondente da Globo no Palácio do Planalto, em Brasília. No final do governo de Itamar Franco (1930-2011), assumiu a chefia do Bom Dia Brasil.
De 1996 a 2008, ele assumiu a bancada do DFTV – 2ª Edição. Em 2007, ganhou o Prêmio Engenho de Jornalismo, como melhor apresentador de televisão. Em 2008, o apresentador deixou a Globo e assinou com a Record. Um ano depois, ele passou a apresentar o DF Record, telejornal local, em que permaneceu até 2020.