O Hezbollah admitiu ter atacado postos israelenses perto da tríplice fronteira entre Líbano, Israel e Síria, na sexta-feira (13). O grupo confirmou que bombardeou posições do exército israelense com mísseis teleguiados e granadas. Um posto de vigilância israelense de Burkat Al-Naqqar “foi destruído”.
O ataque do Hezbollah a Shtula, uma comunidade agrícola israelense, deixou uma pessoa morta e feriu outras três, disseram o grupo e médicos israelenses. O Hezbollah também disse que atacou quartéis em Hanita, em Israel, com mísseis guiados.
“Continuamos a envolver-nos ativamente com as autoridades de ambos os lados, mas, lamentavelmente, apesar dos nossos esforços, a escalada militar continua”, afirmou a Unifil em comunicado. “Não queremos agravar a situação“, disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant. “Se o Hezbollah escolher o caminho da guerra, pagará um preço muito alto. Muito pesado. Mas se se conter, respeitaremos isso e manteremos a situação como está”, declarou.
Ataques após Israel declarar guerra
Os ataques do Hezbollah ocorrem após o governo de Israel ter declarado guerra contra o Hamas, grupo islâmico de resistência ao avanço israelense sobre o território palestino que controla a Faixa de Gaza. No último sábado (7), o Hamas deflagrou o mais ousado ataque contra o território israelense em décadas, atingindo civis e militares, por terra e pelo ar. O avanço do Hamas provocou uma reação militar de Israel, que passou a bombardear a Faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2,2 milhões de palestinos.