Carmo Dalla Vecchia contou detalhes sobre a participação em A Cura (2010), da Globo. Escrita por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, o ator revelou que chicoteou o colega de cena, David Junior, por um erro da emissora que não trocou os chicotes.
“Eu tinha uma cena em que chicoteava uma pessoa escravizada. Na hora que fui ensaiar, o contrarregra esqueceu de trocar o chicote verdadeiro pelo falso. Eu acertei a pessoa. Na hora em que dei a primeira lambada, eu vi os poros brotando sangue e era o David Junior, que eu acabei de fazer um espetáculo com ele há poucos meses. A gente refez. Quando eu vi aquela situação, eu fiquei mal, eu fiquei mal, eu fiquei mal”, declarou ele em conversa com o UOL.
O artista detalhou que passou tão mal que desmaiou. “Fui botar roupa na hora para gravar e aí a mulher apertou demais a minha perna, comecei a ficar mal. Aí, de repente minha pressão desceu e eu ‘espera que vou desmaiar”. Caí duro no chão. O bombeiro, ao invés de me deixar deitado, quis me segurar sentado. Só que quando a pessoa desmaia é para o sangue voltar para cabeça. Aí eu voltei convulsionando”, contou.
“Foi uma das piores coisas que aconteceu. Mas eu acho que tinha muito a ver com aquela história que eu estava contando, com aquele universo que era terrível pelo fato daquilo ser verdadeiro, pelo fato daquilo ter acontecido, pelo fato daquilo ser da maneira como foi”, disse.
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Em A Cura, Carmo Dalla Vecchia interpretava Silvério, explorador das minas de diamante da região no século XVIII e antepassado do médico. O homem era considerado o fundador da cidade, tendo recebido uma estátua como o herói do Tijuco. Apesar das homenagens, não foi um homem justo, tendo deixado um rastro de maldade e dor por onde passou. Foi capaz de atos cruéis para ter domínio de seu território, tendo maltratado escravos e enganado oficiais da Coroa. Mas acabou sendo punido: levou uma flechada durante a invasão de uma aldeia indígena.
