André Azeredo foi um dos enviados para Israel para cobrir a guerra para a Record. O comunicador contou que foi abordado por militares que pediram os documentos e questionaram o motivo para eles estarem na rua no horário. O país está seis horas a frente do Brasil.
“Fomos abordados por três militares do exército israelense pedindo a nossa documentação, pedindo para saber quem eu era, de onde eu era, o que eu estava falando. Isso não aconteceu pela primeira vez. Apresentei o meu passaporte, o crachá da Record e disse que tava trabalhando para a TV brasileira, que temos fuso horário de seis horas atrás e que eles tinham que entender”, contou ele.
O jornalista relatou que os militares questionaram qual a versão que o comunicador estava passando para o país. “Eles queriam saber se estávamos trabalhando para uma emissora que estava falando alguma inverdade e falei: ‘não, a gente tá reportando o que está acontecendo. Somos brasileiros’. Eles chegaram em cima da gente, caiu o sinal de forma surpreendente, mas está tudo bem e ninguém foi levado preso”, disse.
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“Na realidade, eles querem saber se estamos dando informações insensíveis, localização de tropas, polícias ou mostrando rosto de militares. É uma situação muito parecida com o que vive a Ucrânia. Eles têm muito medo que revelem posições estratégicas. Como a gente estava próximo a uma base militar, eles ficam um pouco ressabiados”, afirmou André Azeredo.
Roberto Cabrini também foi para Israel pela Record e contou detalhes sobre o incômodo com as sirenes. “Não há a opção [de não se acostumar]. Na cobertura de uma guerra, as sirenes fazem parte da rotina. Procuramos nos concentrar ao máximo na missão a ser realizada. Isso é determinante para controlar as emoções e agir sempre com racionalidade, mesmo em situações limite”, disse.