A Globo inseriu no catálogo do Globoplay a novela Escrava Isaura (1976). A trama de Gilberto Braga é uma adaptação do romance A Escrava Isaura, escrito por Bernardo Guimarães. É estrelada por Lucélia Santos, Rubens de Falco (1931-2008), Edwin Luisi, Roberto Pirillo, Norma Blum, Átila Iório (1921-2002), Beatriz Lyra, Léa Garcia (1933-2023), Isaac Bardavid (1931-2022), Haroldo de Oliveira (1942-2003) e Maria das Graças nos papéis principais.
Quase dez anos depois da exibição da trama feita pela Globo, Escrava Isaura já havia sido vendida a 27 países. A atriz Lucélia Santos visitou todos eles e recebeu diversos prêmios, como o Latino de Ouro, concedido pela Emissora Caracas de Rádio e Televisão, na Venezuela. Mesmo 40 anos após a primeira exibição, continua na lista das novelas mais comercializadas no exterior. Já foi exibida sete vezes na França, cinco na Alemanha e três na Suíça e chegou a países africanos como Congo, Gabão, Gana e Zimbábue.
Escrava Isaura fala sobre a vida da escrava branca Isaura que desconhece quem é seu pai. Sabe apenas que a mãe foi uma mulata, mucama da fazenda onde agora reside. Isaura sempre foi amparada por Ester, sua senhora, que a educou como moça da corte. Sua protetora morre logo no início da trama, e o filho, Leôncio, se torna o administrador dos bens da família. Apaixonado por Isaura e furioso por não ser correspondido, ele se apodera de sua carta de alforria, deixada pela mãe, e aplica castigos cruéis à moça. Isaura também sofre com as intrigas de Rosa, uma escrava má e invejosa.
O desejo por liberdade se torna ainda mais premente quando Isaura se apaixona por Tobias, proprietário de terras vizinhas. O casal tem que enfrentar as perversidades de Leôncio, que se recusa a vender Isaura. O romance acaba tendo um fim trágico quando Leôncio incendeia a cabana onde se encontrava Tobias, desconhecendo que sua própria esposa, Malvina, também estava lá. Deprimida com a morte de Tobias, Isaura encontra consolo ao descobrir a identidade de seu pai, Miguel, que decide comprá-la para lhe dar a sonhada liberdade. Mas Leôncio não aceita vendê-la e lhe impõe castigos cada vez mais cruéis: ela passa a trabalhar na lavoura.
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Isaura acaba fugindo com o pai e um casal de escravos amigos e vai morar em outra cidade, assumindo a identidade de Elvira. Lá, a moça conhece o jovem abolicionista Álvaro. Mas é desmascarada durante uma festa de gala e forçada a voltar para o seu senhor. Completamente falido, o vilão se suicida no final, após ter todos os bens arrendados por Álvaro, inclusive Isaura.