A adaptação de Roberto Kovalick com o horário do Hora 1 não foi tão fácil quanto parece. O jornalista admitiu pela primeira vez que foi cobaia de um experimento feito por um médico de Minas Gerais para conseguir se adaptar ao novo horário de trabalho na Globo, que culminou com uma mudança radical na rotina do jornalista. “Ele botou um relógio no meu pulso que media a qualidade do sono, disposição à luz, etc. Seriam três etapas para eu me adaptar ao novo horário. Foi um negócio meio maluco”, contou ele, em entrevista para a GQ.
“A primeira etapa seria a mudança de hábito. Se não funcionasse, partiríamos para uma tecnologia que ele mesmo estava desenvolvendo com atletas que iriam para Tóquio, para se adaptarem ao fuso horário. Foi um negócio meio maluco. Era uma luva, que você bota na mão esquerda, e ela baixa a temperatura do seu sangue. E isso ajuda você a dormir. E se eu não me adaptasse, teria que fazer todo um tratamento”, relembrou.
“Eu parei na primeira etapa! Só a mudança de hábitos resolveu pra mim. Eu não precisei passar para as outras duas etapas, não precisei nem usar essa luva, que dá uma geladinha no sangue. Ele que me orientou a almoçar às 8h da manhã, usar óculos-escuros e jantar ao meio-dia. De manhã, mesmo que esteja com um pouco de sono, eu não posso dormir. Eu me exponho à luz e faço exercícios físicos!”, revelou o âncora, que costuma dormir por volta das 15h.
O também editor-chefe do Hora 1 contou outros detalhes de sua rotina para conseguir enfrentar o noticiário, que começa às 4 da manhã. “A partir das 13h, eu simulo como se fosse fim da tarde: fecho as janelas de casa, coloco óculos escuros — as pessoas acham um pouco curioso esse fato. Eu fico assim até o meio da tarde, em casa. Posso fazer tudo, só tenho que simular [que é noite] até o fim da tarde”, confidenciou Roberto Kovalick.