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LAIR RENNÓ

Globo atrasa indenização milionária para âncora da Record e leva bronca da Justiça

Lair Rennó durante apresentação para a imprensa do programa Encontro com Fátima Bernardes, em 2012
Lair Rennó durante apresentação para a imprensa do programa Encontro com Fátima Bernardes, em 2012; jornalista processou a Globo (foto: Globo/João Cotta)

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A Globo terá que pagar uma multa de R$ 450 mil por atrasar o pagamento de R$ 9 milhões ao jornalista Lair Rennó, ex-apresentador do Encontro com Fátima Bernardes (2012-2022). Segundo informações divulgadas, os advogados da emissora entraram com um recurso alegando que a Justiça do Trabalho não teria competência para julgar o caso, mas, sim, a Justiça comum. O canal levou uma bronca do juiz, que afirmou que a companhia abusa do direito de defesa.

“Conheço dos embargos de declaração opostos pela reclamada. No mérito, nego-lhes provimento. Diante do mau uso da medida intentada e do caráter nitidamente protelatório dos embargos, configurando abuso do direito de defesa, aplica-se multa de 0,5% (meio por cento) sobre o valor atualizado da causa, a ser revertida em favor da parte contrária, nos termos do art. 1.026, § 2º, do CPC”, disse o juiz Marcelo Oliveira da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, na última quarta-feira (08). A informação foi adiantada pelo site NaTelinha.

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De acordo com a publicação, a sentença também diz que, mesmo que a Globo não concorde com a decisão, ela não pode usar este tipo de recurso para tentar mudar o que já foi julgado. “A decisão colegiada está devidamente fundamentada”, diz um trecho do documento. A Justiça do Trabalho também afirmou que a defesa da emissora da família Marinho entrou com a ação apenas por não aceitar o julgamento que lhe foi desfavorável. A multa de R$ 450 mil se soma ao valor em torno de R$ 9 milhões na ação movida pelo apresentador Lair Rennó.

Em julho, a Globo já tinha tentado reverter o pagamento da indenização milionária alegando que o comunicador omitiu o fato de que ele havia atuado como apresentador e não como jornalista nos últimos seis anos de contrato. Na visão da emissora, o valor mudaria por causa da alteração das regras de sindicato. A Justiça manteve a decisão e deu uma broca na rede, indicando que a empresa estaria tentando modificar o julgamento de forma incabível “através da via estreita dos embargos de declaração”.

Na ação contra a Globo, Lair Rennó pede salário substituição referente aos seis anos que comandou o Encontro durante as férias e folgas da então titular Fátima Bernardes. O processo diz que em 2014 a empresa deixou de pagar os direitos previdenciários dele ao trocar o contrato de pessoa física (CLT) por pessoa jurídica (PJ). Rennó trabalhou na Globo entre 1999 e 2019. Ele deixou a equipe do programa e foi demitido por causa de um corte de gastos. Atualmente, o jornalista trabalha na Record Minas, em Belo Horizonte, onde comanda o telejornal noturno MG Record.

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