Atriz de Fuzuê defende Miguel Falabella de polêmica: “Transformou minha vida”

Foto de Zezeh Barbosa em Fuzuê
Zezeh Barbosa falou sobre papel em A Lua Me Disse (foto: Reprodução/Globo)

Zezeh Barbosa está no ar em Fuzuê como Glaúcia Corneteira e relembrou o papel em A Lua Me Disse (2005). Na novela, ela viveu Latoya, que tinha uma irmã, Whitney (Mary Sheila). As duas eram vilãs cômicas que chamavam a atenção por não se aceitarem como mulheres negras.

A trama escrita por Miguel Falabella foi considerada racista. “A gente mostrava uma pessoa que não queria ser negra. Era uma crítica a isso. Mostrar o quanto oprimido a gente era e tinha gente que nem queria ser negro. Não se assumia. Quando a novela explodiu, caíram em cima dele e não era verdade. Eu sou muito consciente da minha cor, tenho a minha luta e nunca ia aceitar isso”, contou ao UOL.

“Conheço ele, morei na casa dele, é um amigo e sei a opinião do Miguel. Eu, honestamente, preciso falar que o Miguel Falabella transformou muito a minha vida, ele me ajudou muito. No teatro, ele faz questão de colocar sempre a metade do elenco negro. Está montando agora um espetáculo para a Disney e a metade é negra… Não é uma coisa que todos os diretores tinham”, relatou a atriz de Fuzuê.

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A artista afirmou que os tempos mudaram e que atualmente não faria uma trama como essa e acredita que nem o próprio Miguel Falabella. “Era importante para mim e para outros atores negros. Fiquei triste quando ele saiu e porque o crucificaram de todas as formas. Não achei justo”, defendeu Zezeh Barbosa. “Na época, a gente não tinha todo esse esclarecimento. Tem uma juventude que veio aí e abriu muito, graças a Deus, sobre o respeito do negro. Naquela época, em 2005, era outro momento… Não era agora, hoje em dia, ninguém faria isso, nem ele [Miguel]”, disse.

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