A Globo venceu em primeira instância um processo judicial contra o apresentador Sikêra Jr., ex-contratado da RedeTV! que comandou o programa Alerta Nacional (2020-2023) até abril deste ano. De acordo com informações divulgadas, a decisão determinou que o jornalista e a TV A Crítica, emissora em que ele trabalha desde 2019, terão que pagar R$ 30 mil para o canal líder de audiência. O comunicador e o veículo de comunicação já recorreram.
Segundo o site F5, da Folha de S.Paulo, o caso corre na 11ª Vara Cível do TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas). Na ação, a Globo pedia R$ 100 mil por danos morais. A emissora alegou que Sikêra Jr. atacou a empresa e seus principais executivos sem maiores explicações ou provas. Os advogados do canal carioca indicaram na petição inicial que o jornalista, em pelo menos 25 vezes entre 2019 e 2020, teria feito comentários incorretos e mentirosos sobre recebimento de publicidade federal.
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A Globo também diz que houve ataques pessoais contra a família Marinho. Em um programa exibido em dezembro de 2019, como exemplo, Sikêra Jr. citou nominalmente os acionistas da empresa e disse que “a raiva deles” em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria por causa do fim das supostas altas verbas pagas pelos dois primeiros mandatos do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 2003-2010, e do governo de Dilma Rousseff (PT), de 2010-2016.
Em uma das declarações, Sikêra Jr. disse que os filhos de Roberto Marinho (1905-2003) enriqueceram durante o governo petista. O dossiê da Globo também traz ataques contra jornalistas da emissora no começo da crise sanitária causada pelo vírus da infecção respiratória, com ofensas aos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. O juiz que analisou o processo aceitou o argumento.
O meritíssimo determinou pagamento de R$ 30 mil, além de retratação em atrações da TV A Crítica apresentados por Sikêra Jr. Ainda segundo a publicação, o radialista e a emissora local de Manaus pediram embargos de declaração. As partes alegaram que o julgamento foi antecipado sem que provas importantes da defesa fossem apresentadas. A Justiça negou e diz que houve prazo suficiente. Com isso, a decisão final pode ir para a segunda instância.