A TV Cultura estreia no próximo sábado (25), às 22h30, a série documental inédita JK, O Reinventor do Brasil, uma das grandes produções da emissora paulista neste ano. A produção faz parte de um projeto do canal mantido pela Fundação Padre Anchieta que ainda inclui exposições em várias capitais e o lançamento de uma fotobiografia sobre o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), político que governou o país entre 1956 e 1961, e foi o fundador de Brasília, a capital federal.
“Com quatro episódios que vão ao ar semanalmente, sempre aos sábados, às 22h30, a série dirigida por Jarbas Agnelli, com roteiro de Fernando Rodrigues, narra a história de JK, do dia em que ele nasce, ao momento de sua morte trágica e jamais esclarecida. É um pedaço da nossa história, cujos ecos ainda reverberam pelo país”, detalhou a emissora pública em comunicado ao TV Pop. De acordo com Fábio Chateaubriand Borba, idealizador da série, a produção tem um formato que chama a atenção.
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“Apostamos numa linguagem pop, com narração em estilo de podcast, com o intuito de chamar a atenção dos mais jovens, que ainda não conhecem o Juscelino”, explica Chateaubriand. Segundo José Roberto Maluf, presidente da Fundação Padre Anchieta, a série é uma das principais produções da TV Cultura em 2023. “Além de ir ao ar pela TV, [o projeto] deverá ser usado como material histórico em escolas e universidades. Condiz com a missão da Cultura, de levar conhecimento ao público, com uma linguagem moderna e atrativa”, diz o executivo.
O primeiro episódio de JK, O Reinventor do Brasil lembra a infância de Juscelino em Diamantina (MG), a formação em Medicina em Belo Horizonte e os primeiros passos na carreira política. Mostra ainda sua atuação na Revolução Constitucionalista de 1932, sua nomeação como prefeito da capital mineira, sua vitória na disputa eleitoral pelo governo de Minas Gerais e as articulações na corrida pela Presidência da República. A segunda parte da série apresenta a chegada de JK à Presidência da República e a chamada Revolta de Jacareacanga, movimento de oficiais da Aeronáutica no sul do Pará para impedir que o político mineiro assumisse o poder.
O terceiro episódio destaca a construção de Brasília e aborda também a ebulição cultural e esportiva do país naquele momento, com a bossa nova, o cinema novo e a conquista da Copa do Mundo de 1958. Por fim, o quarto e último episódio de JK, O Reinventor do Brasil abordará o golpe militar de 1964, que obriga JK a partir para o exílio, período em que passou por cidades da Europa e dos EUA. Três anos depois, voltou ao Brasil e se uniu a Carlos Lacerda (antes um adversário político) e a João Goulart para montar uma Frente Ampla em oposição ao regime.