A cantora Karol Conká, que deixou o Big Brother Brasil com o maior índice de rejeição da história do reality show, abriu o jogo e falou sobre o cancelamento que enfrentou depois de sua polêmica participação na atração da Globo. Em conversa com Fátima Bernardes, no programa Assim Como a Gente, do GNT, a famosa relatou que só conseguiu se recuperar de tudo que passou por conta da empatia das pessoas. “Consegui dissolver a angústia que eu sentia”, disse.
“Aos 37 anos, sou mais calma. Também, depois de ter passado tudo aquilo em 2021 eu fiquei mais calma”, desabafou a artista, afirmando que aprendeu muito depois de ter seu comportamento exposto no programa. “Eu tenho um prazer enorme de aprender com o meu erro. Foi com um exercício de compaixão e empatia que eu consegui dissolver a angústia que eu sentia por ter sido rejeitada”, comentou Karol Conká, que ainda falou das proporções de sua rejeição no reality show.
“Não só por um Brasil todo — que eu aprendi também que não posso falar ‘um Brasil todo’, porque é muito grande esse país, mas a maior rejeição que tive de lidar foi a minha, essa foi a que doeu mais”, completou a cantora. Na atração, que também contou com a participação de Carlinhos Brown, Karol Conká ainda falou sobre como o racismo impactou na maneira como ela se via, além de desabafar que já chegou a ouvir que ela era uma criança feia.
A artista diz que só começou a repensar a forma como se enxergava depois de ouvir um ex-namorado. “Ele me fez parar de alisar o cabelo, e era um menino branco. O que ele falou foi a coisa mais linda que eu já tinha ouvido e, na mesma semana, eu fui no salão e falei ‘raspa’. Quando eu fui para o colégio ouvi tanto xingamento, mas eu não ligava, estava abastecida de amor”, relembrou.
Por fim, a cantora destacou que depois de tudo que passou, aprendeu se impor. “Eu vou brigar com Deus e o mundo, mas não vou ser chamada de nomes que não me pertencem. E aí eu comecei a brigar, com 16 anos estava fazendo rap e comecei a falar tudo nas músicas”, concluiu a ex-participante do BBB.