A Jovem Pan fechou o ano de 2023 na vice-liderança do ranking de audiências dos canais de notícias da TV por assinatura, superando a CNN Brasil e ficando atrás apenas da GloboNews. De acordo com informações divulgadas, a sensação nos bastidores da empresa comandada por Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, o Tutinha, é de que a situação da emissora está mais tranquila atualmente do que no começo do ano passado.
Em 2023, a Jovem Pan chegou a ser processada acusada de inflar movimentos antidemocráticos. Para 2024, a expectativa é positiva. O processo instaurado pelo Ministério Público Federal se encontra suspenso, aguardando a possível negociação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Embora a primeira proposta tenha sido recusada, há boa vontade e otimismo quanto à ausência de consequências mais severas, como se especulou anteriormente.
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Segundo o site F5, da Folha de S.Paulo, há internamente a expectativa do retorno da receita proveniente dos canais da Jovem Pan no YouTube. A suspensão teoricamente termina em janeiro, e, ao menos que surjam surpresas de última hora, a expectativa é de retomada da monetização. Para mudar sua imagem, o canal fez mudanças na programação e dispensou nomes considerados extremistas, como Tiago Pavinatto, Antonia Fontenelle e Zoe Martinez, adotando uma abordagem ainda alinhada à direita, mas menos exaltada.
A expectativa da volta da receita do YouTube
André Ramos, diretor de Jornalismo da Jovem Pan, falou sobre a expectativa para o retorno da monetização nos canais da emissora no YouTube. “Nós questionamos o Google sobre o que estava errado, e ajustamos como eles pediram. Temos certeza de que iremos normalizar”, disse o executivo. No auge, estima-se que a Jovem Pan tenha recebido até R$ 20 milhões por mês por meio da plataforma da gigante das buscas. Outra alteração no canal foi a aposta em talentos internos e a chegada de novos rostos.
Âncoras da Jovem Pan falam sobre nova fase
Ex-âncora da CNN Brasil e da Band, Rafael Colombo lidera o Jornal da Manhã desde setembro. Desde sua estreia, o programa noticioso superou a audiência da sua antiga casa e se aproxima dos números da GloboNews. “O jornal que eu faço, se colocar na grade de qualquer outro canal, em qualquer outro horário, é um jornal muito competente. Nesse horário, é uma coisa bem produzida, bem feita. Para quem é de São Paulo, o Jornal da Manhã tem um outro patamar. O horário da manhã tem um zelo maior, pela cultura do rádio”, diz ele.
Além da chegada de Colombo, a Jovem Pan ampliou a presença de nomes conhecidos do rádio na TV, como Thiago Uberreich, âncora do Jornal Jovem Pan no horário nobre desde setembro. Ele, que está na empresa desde 2005, destaca a autonomia editorial em seu trabalho. “Faz parte da minha vida, eu ia para a escola ouvindo a Jovem Pan. Para mim, está sendo uma surpresa muito legal, ainda mais fazendo uma competição com nomes como Márcio Gomes e o Em Pauta na GloboNews”, disse o jornalista, que garante nunca ter sofrido interferência.