Gloria Perez é uma das autoras que mais conversam com o público nas redes sociais e tenta tirar dúvidas do público da Globo. A novelista, que começou a carreira em 1980, tem uma longa história de tramas de sucesso como Barriga de Aluguel (1990), O Clone (2001), América (2005), A Força do Querer (2017).
Uma imagem de roteiro de Caminho das Índias (2009) fez com que um internauta dissesse que queria que a vida fosse roteirizada pela Gloria Perez e um internauta afirmou que era uma “cena estranha”. “A Gloria não descreve os golpes”, disse. A autora decidiu explicar como funciona a dramaturgia no país. “Engano teu, descrevo à exaustão o que precisa ser descrito e esse não é o caso das cenas de briga física. Esse tipo de cena abre espaço para a criação do diretor e dos atores. É viva e dinâmica. O que importa é deixar clara a temperatura da briga, quem apanha e quem vence”, pontuou a novelista.
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“De modo a construir, em quem assiste, o sentimento que você quer que a situação transmita. Nisso é que não pode ter erro”, analisou Gloria Perez, que relembrou a cena de Saramandaia (1976) em que Dona Redonda explodia. “Era uma linha de descrição da cena. Algo assim: dona Redonda vai atravessando a rua e explodiu”, relembrou a autora. A novelista foi questionada se uma relação com os diretores mais direta é positiva para a construção da trama. “As coisas ficam mais fáceis? Já ouvi dizer que ocorre a decupagem para definir tons”, declarou. Ela sinalizou que já foi boicotada. “É assim que as coisas precisam ser feitas. Salvo por situações de boicote que, infelizmente, acontece uma hora ou outra”, detalhou.
