Durante 13 anos, Valéria Valenssa foi o rosto e o corpo da vinheta Globeleza, utilizada pela Globo no período de Carnaval entre os anos 1990 e 2000. Quando a artista foi tirada do trabalho, ela precisou lidar com uma depressão e pontuou que gostaria de ter ficado mais dois anos.
“Às vezes, viajava pintada, porque não dava tempo de desfazer e refazer a maquiagem. Só depois, fui saber que existiam teses e teses sobre o meu trabalho”, pontuou. “Talvez, a Globo devesse ter tapado esse buraco quando saí. Mas, para mim, sempre foi artístico. Jamais tentaram passar a mão em mim. E acho que também contribuí com a minha representatividade, exibindo os cabelos cacheados”, contou a artista ao O Globo.
A saída do posto de Globeleza não foi uma tarefa fácil para Valéria Valenssa e ela acabou se encontrando ao frequentar igrejas evangélicas. “É uma doença silenciosa”, falou sobre o quadro de depressão e pensamentos ruins que a cercavam. Em 2019, ela detalhou o ocorrido em conversa com a Marie Claire. “Minha depressão começou em 2005, quando a Globo me mandou embora. Eu não estava preparada e foi um baque muito grande para mim. Deus me curou da depressão, da psicose e me mostrou que eu tinha tudo e não tinha motivos para ter aquela doença”, disse, na ocasião.
+ Fabiula Nascimento é demitida pela Globo depois de 14 anos: “Vivi um sonho”
+ ESPN faz novo estúdio com realidade aumentada em sede de TV que foi extinta
“Eu procuro passar isso para as pessoas. São tantos problemas que temos que, às vezes, esquecemos de nossa história, sonhos e nunca é fácil para ninguém”, detalhou. “A depressão te rouba a vontade de viver. Esta é uma consequência. É uma tristeza tão grande, tão profunda e intensa que você se esconde no seu mundo. Fiquei sem sair de casa por seis meses”, contou.