Autor do remake de Renascer, Bruno Luperi explicou sobre a decisão de não mudar o destino de alguns personagens das novelas que recriou. Tanto em Pantanal quanto em Renascer o escritor preferiu manter as mortes que Benedito Ruy Barbosa compôs para a TV, há mais de 30 anos. O profissional já avisou que manterá o destino trágico de José Venâncio (Rodrigo Simas), assim como aconteceu com o personagem de Taumaturgo Ferreira, em 1993. Em entrevista à coluna Play, do jornal O Globo, ele explicou que não tem como contar essas histórias de outra forma.
“Algumas coisas são imutáveis. Vou pegar o caso de Pantanal. Quando você tem o acidente da Madeleine [Karine Teles] e ela sai da história, a história toda muda. Se ela fica, você não pode contar aquela história. Então, algumas decisões têm que ser aceitas, mas tentando dar um sentido maior, tentando compor um pouco melhor aquilo tudo”, comentou. “Na versão original, eu tinha cinco anos. Fiquei indignado com meu avô na morte do Venâncio: ‘Por que você matou ele?’. Hoje, com a experiência que tenho, eu entendo o que aconteceu. Tem uma história maior sendo contada”, continuou o autor de Renascer.
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Bruno Luperi afirmou que não poderá dar outro destino a José Venâncio em Renascer, mesmo que a saída do personagem em 1993 tenha acontecido por um atrito entre Taumaturgo Ferreira e Benedito Ruy Barbosa. Parte do público acreditou que o autor salvaria Madeleine no remake de 2022, já que a personagem só deixou a trama porque Ittala Nandi precisou abandonar a trama por conseguir um trabalho no exterior. Como a mãe de Jove (Jesuíta Barbosa) de fato morreu na versão mais recente, noveleiros ficaram irritados com a atitude do autor.
Em uma das coletivas de imprensa de Renascer, Bruno Luperi também afirmou não se incomodar com as críticas que recebe por escrever remakes na tela da Globo. Ele garantiu que o objetivo de um autor é causar certo desconforto no telespectador, independentemente do que está sendo mostrado na tela. “Se for para me xingar, me xingue. Por mudar, por não mudar [as tramas]. A intenção é instigar”, afirmou.