Raul Gazolla atribuiu a morte de Guilherme de Pádua (1969-2022) ao documentário Pacto Brutal, da HBO Max, lançado no mesmo ano da partida do assassino de Daniella Perez (1970-1992). O ator avaliou que a produção foi responsável por perturbar o criminoso ao ponto dele morrer. “O documentário foi uma lavada de alma da Glória [Perez], minha e de todas as pessoas que participaram da produção e que viveram aquela época. Sou a favor da pena de morte. Vou te dizer que o assassino foi condenado a pena de morte porque esse documentário levou muita pressão a ele”, declarou, em entrevista ao Ticaracaticast.
“Ele ficou 30 anos sendo pastor de uma igreja em Minas Gerais, vivendo como se fosse um rei. Dando conselhos de amor e casal, como se fosse Deus. Quando o pessoal viu o documentário, começaram a perguntar: ‘Escuta, você matou uma menina com 18 facadas?’”, continuou. Raul Gazolla ainda avaliou que a maior frustração de Guilherme de Pádua foi não ter tido espaço para se pronunciar sobre o crime. “Ele foi para imprensa reclamar que ninguém perguntou nada a ele. Claro, porque todas as versões que ele deu foram mentirosas. A única versão real e provada foi colocada no documentário, que se baseou no julgamento”, explicou.
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“Ele morreu com 53 anos por causa de um infarto fulminante. Para mim, ele perdeu uns 30 anos de vida porque a gente vive mais ou menos até uns 80 anos. Foi ceifado. Vida que segue”, continuou Raul Gazolla.
O fato da produção de Pacto Brutal não ter as versões dos assassinos, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, foi uma exigência de Glória Perez e de Raul Gazolla. A mãe e o ex-marido da atriz não quiseram dar a oportunidade dos criminosos terem destaque mais uma vez em cima de um crime que ganhou visibilidade no país inteiro. Na época do assassinato, Daniella Perez era uma das principais atrizes da novela De Corpo e Alma.