O Grupo Globo faz parte de uma lista de 134 empresas que manifestaram ao Ministério da Fazenda interesse em atuar no mercado de apostas esportivas online. A pasta de Fernando Haddad busca regulamentar esse tipo de jogo que dominou as publicidades nos últimos meses e pagaram fortunas a celebridades e influenciadores a fazerem divulgações dos produtos. Além do grupo que possui a emissora, algumas gigantes como o Kwai e até mesmo a Caixa Econômica Federal se mostraram interessados em atuar nesse segmento.
De acordo com a Folha de S.Paulo, as empresas desejam atuar nessas apostas esportivas online, que se chamam bets, mas que funcionam no Brasil de forma irregular, tendo paraíso fiscal em outros países. O ex-presidente Michel Temer (MDB) liberou as apostas online em 2018, mas o processo de regulamentação não teve continuidade sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Agora, o governo de Lula (PT) busca estabelecer regras que evitem perda de dinheiro de clientes que apostam nas bets.
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O Grupo Globo se credenciou na lista do Ministério da Fazenda através do CNPJ que gere o Cartola Express, que é uma vertente do jogo fantasy Cartola, considerado um sucesso entre os apostadores. A empresa manifestou o interesse através da empresa DFS, que é responsável pelo jogo, e garantiu estar “atenta a novas oportunidades de negócio”. Com a regulamentação, o grupo poderá investir fortemente nesse novo segmento, que já está em estudo internamente.
Reportagem polêmica em 2023
A Globo acendeu um alerta sobre os jogos de apostas em uma reportagem que foi ao ar no Fantástico, em dezembro, falando sobre a Blaze. A empresa é um cassino online divulgado massivamente por influenciadores, e também sobre o Jogo do Tigrinho, que também patrocina produtores de conteúdo nas redes sociais. Apesar da denúncia, a Betano, que é rival da Blaze, é patrocinadora da emissora. De acordo com a revista Fórum, a líder de audiência faturou R$ 240 milhões através de um contrato com a Betnacional, exibindo publicidades no intervalo do Jornal Nacional.