Galvão Bueno será homenageado no Caldeirão, comandado por Marcos Mion, neste sábado (3). O ex-narrador da Globo relembrou a morte trágica de Ayrton Senna (1960-1994) durante uma corrida em que o comunicador narrava. Os dois eram muito amigos e a perda do piloto provocou uma das maiores comoções da história do Brasil.
O apresentador relatou que precisou sair da cabine de narração três vezes. “Imagina narrar a batida do Senna!? Eu me emociono em qualquer lugar [quando falo disso]. [No dia] eu saí três vezes da cabine para respirar. Ele virou meu amigo quando ganhou uma corrida da Fórmula 2 ou 3, veio se apresentar para mim e disse que eu ainda ia narrar muitas vitórias dele. E, assim, começou. Era como um irmão mais novo, daqueles amigos que você conta nos dedos”, disse Galvão Bueno em trecho publicado pelo UOL.
Em 2022, o comunicador relembrou a chegada ao hospital depois do acidente trágico. “Eu vi o Gerhard Berger [ex-piloto e companheiro de Ayrton Senna na McLaren em 1991 e 1992] esperando o helicóptero. Ele me chamou, fez um sinal balançando os braços e me disse: ‘Acabou’. Nós fomos [ao hospital] no helicóptero. O Braguinha [empresário] colocou a mão na minha perna e falou: ‘É, Galvão… Acabou a graça’. Nunca mais ele foi em uma corrida”, contou.
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Durante o podcast, o comunicador lembrou como soube da morte do atleta. “Quando nós chegamos no hospital, o Dr. Sid Watkins nos chamou em uma sala e disse: ‘Não tem o que fazer. O coração bate, mas ele está morto, com morte cerebral. Mas se isso serve de algum consolo para vocês, posso garantir que ele não está sofrendo porque não está sentindo nada. Ele já se foi’”, disse Galvão Bueno.