Uma pauta sobre a semaglutida, uma medicação que veio da Dinamarca e começou a ser vendida no Brasil em 2019, sob o nome Ozempic, para tratar diabetes tipo 2 fez com que o Fantástico recebesse inúmeras críticas. Internautas acusam a Globo de irresponsabilidade ao exibir uma matéria sobre o assunto sem apontar os riscos, já que a denúncia apresentada pela emissora mais parecia com um infomercial do medicamento.
A produção da emissora carioca exibiu na reportagem sobre a medicação um caso de “uso temporário apenas para perder entre 2 e 3 quilos” e tratamento da obesidade. O medicamento é vendido no formato de uma caneta, sem receita nas farmácias e custa em média R$ 1 mil. Nas redes sociais, a reportagem do dominical foi criticada por internautas, que acusaram a Globo de desserviço e de irresponsabilidade.
“Eu tô apavorada que o Fantástico achou de bom-tom colocar um monte de gente magra tomando Ozempic sem falar dos riscos do medicamento!”, escreveu uma seguidora. “Sobre o Ozempic no Fantástico. Esperávamos um alerta e recebemos publicidade. Eu estou sem palavras”, disse uma internauta. “Essa matéria do Fantástico é um desserviço. Passou mais da metade colocando uma querida que tomou porque ‘engordou’ 3 quilos depois de uma viagem”, escreveu outra. “Absolutamente chocado com a irresponsabilidade do Fantástico nessa matéria!”, disse um telespectador.
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“Eu achei que o Fantástico falaria a real sobre o remédio e eles estão fazendo uma propaganda disfarçada”, denunciou uma internauta. “Que fora do tom essa reportagem do Fantástico. Parece até propaganda”, afirmou um seguidor. “A reportagem do Fantástico mostrou, com a maior naturalidade do mundo, o caso de uma mulher que, literalmente, está tomando Ozempic para perder 3 quilos. Ainda sem acreditar”, disse um seguidor. “É sério mesmo essa reportagem do Fantástico que promove o Ozempic e fala pouquíssimo dos efeitos adversos?”, questionou um internauta.
Segundo uma reportagem do site da Globo em 2023, a medicação pode causar efeitos colaterais, principalmente, no sistema gastrointestinal. Náusea e vômito estão entre os sintomas mais comuns. A bula das canetas alerta para um efeito colateral grave, mas incomum: a pancreatite. Segundo o documento, pode afetar até 1 em 100 pessoas.