Pocah se emocionou ao relembrar um relacionamento abusivo que sofreu do ex-companheiro no passado, quando estava grávida. A cantora que esteve presente no Papo de Segunda, do GNT, chorou e agradeceu a oportunidade de contar sua história. “Eu vivi muitos anos com essa pessoa e eu comecei a namorar muito nova. Esse relacionamento, ele é completamente conturbado, era infernal pra mim e pra quem estivesse ao meu redor. Minha família, meus amigos, era terrível e eu via o quanto era tóxico e as pessoas falavam o quanto. Eu tentava de todas as formas me livrar daquilo”, lamentou.
A funkeira relatou o terror psicológico que ela sofria e as agressões. “Havia agressões físicas, verbais e psicológicas, manipulação, meu temor a Deus. Sou uma pessoa que tenho uma ligação com Deus muito grande e essa pessoa usava a minha fé. Eu dizia: O que você fez comigo? Eu quase fiquei cega do olho esquerdo’. Era pesado. Em diversos momentos fui agredida, queria ir embora e ele dizia que estava sendo usado pelo diabo e que aquilo era o testemunho da nossa vida e que a gente iria contar isso como uma vitória”, desabafou.
“Eu perdoei uma vez, perdoei duas vezes, três vezes e muito mais. Sabe por que? Porque eu tinha medo das ameaças que eu recebia. Tinha medo de morrer em diversos momentos em meio a essas brigas, achei que eu fosse morrer. A sensação que eu tinha é que eu já tava morrendo”, relembrou.
Pocah contou como aconteceu o início das agressões que ela sofreu. “Começou com gritos, começou com abuso das minhas amizades. Ai, fulana não presta. Começava a colocar defeito nas minhas amizades. Essa roupa, tá muito curta. Roupa de puta. Começa assim, e você tem que se atentar aos sinais. Isso são sinais. Relacionamento muitas vezes você tem que ceder, mas quando infringe os seus direitos… É muito difícil falar disso. Você não tem que deixar de ser quem você é pra agradar outra pessoa”, pontuou.
A cantora falou sobre como fez para se libertar da situação em que vivia e colocar um ponto final na relação. “A partir do momento em que minha filha nasceu. Até ela nascer, era terrível, chute, fui parar no hospital. Quando ela nasceu, eu falei: ‘Eu tenho que mudar isso. Eu não admito mais manter isso aqui ou eu vou morrer e a minha filha depende de mim, não posso deixar minha filha na mão desse cara'”, contou.
“Eu, determinada, após descobrir uma traição recente, fui pra casa da minha mãe, falei pra ela dizer que eu não estava e simplesmente desapareci. Ele ficava indo atrás, ameaçando. E teve outra questão que é contratual, a gente era sócio na época. Eu tinha provas de roubos, traições e tudo aquilo. Eu falei pra ele seguir a vida dele ou eu ia colocar na cadeia. Porque eu não acreditava mais na lei. Eu chamei a polícia uma vez e o poder dele na região era tanto que ninguém quis me ouvir. Apertaram a mão e tá tudo bem”, lamentou.