Com a entrega do Carnaval para o setor de Entretenimento da Globo em 2024, a emissora está tendo que lidar com inúmeras críticas contra o trabalho que tem sido feito pela equipe de José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho. A tradicional transmissão não tem agradado ao público e Bruno Chateaubriand, comentarista da Band para a folia, classificou a transmissão como uma “vergonha”.
“O que fazer com a emissora oficial do grupo especial? Entram no meio da apresentação do primeiro casal de Mestre-sala e Porta-bandeira do Salgueiro no terceiro módulo de julgamento. Vergonha no nível máximo. Não entendem nada! Não respeitam o segmento que carrega a ancestralidade de uma agremiação. O centro geográfico espacial de uma escola. TV Globo pagou o mico do ano”, disse Bruno Chateaubriand, autor do livro Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Uma Arte Essencialmente Nossa, para a Veja.
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A decisão de entregar a cobertura do Carnaval para o Entretenimento aconteceu depois dos desastres com jornalistas de noticiários nos últimos anos. Na intenção de faturar mais, a Globo escalou três nomes que transitam entre o Esporte e o Entretenimento. Alex Escobar, Karine Alves e Milton Cunha estão à frente das transmissões.
O canal tentou faturar mais com a mudança, no entanto, apesar dos altos valores pagos pelas empresas, a Globo só vendeu dois dos quatro espaços disponíveis para patrocínios no Carnaval. A ausência de investidores prejudica diretamente as agremiações de São Paulo e do Rio de Janeiro, que possuem na transmissão da TV suas principais fontes de renda. A emissora paga um valor pelo que consegue vender no mercado publicitário, por isso, se não há muitos investidores, há pouco dinheiro para as escolas de samba. Em 2023, o evento foi comandado por Rodrigo Bocardi e Aline Midlej. O jornalista foi duramente criticado pelo público da transmissão.