Adriana Araújo, apresentadora do Jornal da Band, se manifestou sobre a polêmica causada pelo desfile da escola de samba Vai-Vai. A escola causou alvoroço ao levar para a avenida integrantes vestidos de demônios e portando escudos do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo. A jornalista da emissora paulista afirmou que o desfile não pode ser censurado, mas alertou sobre “desacreditar” na polícia.
O enredo da Vai-Vai trouxe como tema o hip hop de São Paulo. Durante o desfile, a escola contou com a presença de Mano Brown e KL Jay, dos Racionais MC’s. “Carnaval é liberdade e fantasia, não cabe censura. Mas esse episódio serve para uma reflexão importante. Erros policiais têm que ser corrigidos, mas como sociedade, não podemos deixar de reconhecer e valorizar o policial, que está na rua todos os dias, trabalhando corretamente. Você já se perguntou a quem interessa uma polícia desacreditada? Ao crime, apenas ao crime”, disse Adriana Araújo.
Durante o desfile, uma das alas foi intitulada como “Sobrevivendo no Inferno”, mesmo nome do álbum de 1997 dos Racionais MC. A ala desagradou os agentes da lei, por destacar o uso de chifres que remetiam à figura de um demônio e que segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) “demonizou a Polícia”, sendo motivo de “extrema indignação”.
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O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) chegou a emitir uma nota de repúdio contra a escola de samba. Segundo a nota, o enredo atuou com escárnio a figura de agentes da lei. “É de se lamentar que o Carnaval seja utilizado para levar ao público mensagem carregada de total inversão de valores e que chega a humilhar os agentes da lei”, destacou.
Em nota, a Vai-Vai se manifestou: “A ala retratada no desfile de sábado, da escola de samba Vai-Vai, à luz da liberdade e ludicidade que o Carnaval permite, fez uma justa homenagem ao álbum e ao próprio Racionais MC’s, sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação, mas sim uma ala, como as outras 19 apresentadas pela escola, que homenageiam um movimento”, declarou.