Isabel Fillardis, que foi lançada ao estrelato na primeira versão de Renascer (1993), criticou a escalação de Mell Muzzillo e afirmou que não se sentiu representada no papel de Ritinha. Segundo a veterana, “a Mell não é uma menina preta, é uma menina indígena. (…) Eu não considero a Mell uma menina preta”, declarou a atriz.
A jovem, no entanto, rebateu as afirmações de Isabel Fillardis. “Sou afro-indígena e desde muito nova tenho letramento racial. Me reconheço com uma mulher preta. Os meus traços são indígenas e por ter um cabelo liso, muitas vezes acontece isso, ser invalidada como preta”, afirmou Mell Muzzillo.
“A representatividade agora é sobre outros rostos que quase não aparecem. O Brasil não é composto por brancos e pretos apenas. Estamos aqui, e, na verdade, fomos os primeiros! Para mim é importante estar chegando no horário nobre juntamente com Adanilo, Xamã e Mac Suara”, relatou a artista ao citar outros atores. “Sempre batia na trave nos testes por causa do meu perfil. Me diziam que eu era indígena, preta, japonesa, e que não tinham onde me encaixar”, disse para a Folha de S.Paulo.
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A atriz da nova versão de Renascer relatou que se emocionou muito ao ganhar a oportunidade na novela. “Chorei quando disseram que a Ritinha era minha”, contou e detalhou como será a personagem na trama criada por Benedito Ruy Barbosa. A atriz viverá a filha única de Inácia e não quer saber de compromisso até conhecer Damião. “Ela vai vir dúbia. É uma mulher ingênua, mas quis fazer ela uma pessoa esperta, atenta. Até porque a segunda fase já vem nos tempos atuais. Por mais que seja no interior, tudo mudou muito, as coisas têm outro timing”, disse.
