Cissa Guimarães foi demitida da Globo em outubro de 2021 sob a alegação de corte de gastos. Quase dois anos depois, a artista foi anunciada como nova apresentadora do Sem Censura e relembrou o período em que trabalhou na emissora carioca.
“Já me senti censurada sim. Quando você faz parte de um esquema, de um jogo, você topa as regras. Então não pode fazer o que dá na sua cabeça, tem que se encaixar naquilo”, relatou a comunicadora. O exemplo usado por Cissa Guimarães foi o que ela achou que seria demitida depois de um improviso.
A apresentadora afirmou que a Globo exigia que não se falasse sobre política na empresa. “Uma vez, no É de Casa, a conversa era sobre assédio, sobre o ‘não é não’. Mas estávamos às vésperas das eleições, eu estava indo para as ruas, militando, e ao invés de ‘não é não’, eu olhei para a câmera e falei: ‘É muito simples, ele não!’. Na hora eu pensei: ‘Puts, vou ser demitida!’. Existia uma questão de não falar sobre política e tudo mais, mas não aconteceu nada, foi tudo bem”, contou ao UOL.
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Na televisão há muitos anos, Cissa Guimarães afirmou que tem medo de ser atacada nas redes sociais. “Não gosto quando você, como cidadão, acaba com medo. Quando não respeitam a sua liberdade. Eu apanho muito nas redes sociais quando me coloco. Fico assustada. Tem uma coisa muito polarizada e, basta emitirmos opinião, para apanhar. Isso não gosto. Mas tudo bem, continuarei me colocando e peço apenas que me respeitem”, diz.
A apresentadora da TV Brasil tem a missão de comandar um programa tradicional como o Sem Censura. A produção estreou em julho de 1985, na então TV Educativa, que posteriormente seria chamada de TVE Brasil. Na época, contava com transmissão das 13h às 15h, de segunda a sexta-feira. Foi criado pelo então presidente da emissora, Fernando Barbosa Lima, uma das primeiras atrações a promover debates políticos na televisão brasileira depois de pouco mais de vinte anos da Ditadura Militar (1964-1985).
