Ator veterano e conhecido por inúmeros papéis em novelas da Globo, Dalton Vigh relembrou sobre o 11 de setembro, onde os Estados Unidos sofreram um dos maiores ataques terroristas da história. O artista afirmou que a emissora cogitou adiar a estreia de O Clone (2001), que estava marcada para três semanas depois dos ataques.
“Teve uma preocupação na Globo, porque se tratava de mundo islâmico. Já existia a suspeita de que se tratava de um atentado terrorista. Aconteceram reuniões de cúpula para ver se teríamos a estreia da novela ou se seria a reprise de alguma coisa”, relembrou o artista que interpretou Said Rachid.
O atentado foi ocasionado por dois aviões que chocaram contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, deixando quase 3 mil mortos. Segundo Dalton Vigh, o elenco da novela testava a maquiagem para uma gravação quando a primeira torre do World Trade Center foi atingida. Apesar de tudo, a Globo optou por manter o calendário e a novela estreou em 1º de outubro e permaneceu no ar até junho.
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Dalton Vigh afirmou que o cenário internacional fez com que as pessoas tivessem mais interesse pela novela e ajudasse a audiência. “A curiosidade sobre o mundo islâmico ajudou a alavancar a audiência”, contou ele ao UOL. O Clone contava a história de Leônidas Ferraz (Reginaldo Faria) é um empresário viúvo e pai dos irmãos gêmeos idênticos Diogo e Lucas (Murilo Benício). Paralelamente, a jovem muçulmana marroquina Jade (Giovanna Antonelli) nasceu e cresceu no Rio de Janeiro. No entanto, depois da morte de sua mãe, Sálua (Walderez de Barros), ela retorna para a cidade marroquina de Fez para morar com o tio, Ali (Stênio Garcia), que também cuida de outra sobrinha, Latiffa (Letícia Sabatella).