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Record demite autores e Igreja Universal aumenta censura nas novelas

Ator Zécarlos Machado em cena da novela Gênesis, da Record (foto: Record/Reprodução)
Ator Zécarlos Machado em cena da novela Gênesis, da Record (foto: Record/Reprodução)

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A Record decidiu que não vai renovar o contrato com os autores Camilo Pellegrini, de Gênesis (2021), e Paula Richard, das tramas O Rico e o Lázaro (2017) e Jesus (2018). De acordo com informações do site Notícias da TV, do UOL, a emissora ligada à Igreja Universal do Reino de Deus continuará produzindo folhetins bíblicos e vai apostar em roteiristas novatos, mais alinhados aos preceitos da instituição religiosa.

Em seu perfil nas redes sociais, Pellegrini falou sobre sua saída da emissora. “Queridos, estou saindo da Record no mês que vem, na pista de novo. Fui feliz lá, muita experiência e algumas vitórias, mas confesso que estou animado para escrever sobre outras coisas”, escreveu no Twitter.

A demissão do autor causou estranheza nos bastidores da Record porque ele foi responsável pela quinta fase de Gênesis, a Jornada de Abraão, até então a de maior audiência da novela. Richard estava escalada para escrever a trama sobre o rei Salomão para o segundo semestre de 2022, mas foi dispensada depois da ascensão de Raphaela Castro, considerada um dos braços direitos de Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo. Castro já trabalha nos textos de Reis.

Cardoso ocupa atualmente o cargo de diretora de dramaturgia, mas já corrige os textos das novelas da emissora na surdina desde 2015. Segundo informações do Notícias da TV, ela é responsável não só pela qualidade dos textos, mas também por garantir que eles estejam alinhados com a ideologia pregada pela Igreja Universal. O grupo de autores não-alinhados com a IURD dentro da Record reclama de “censura” e “intervenção”.

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