A Jovem Pan deixou de receber verbas publicitárias do governo federal depois de se tornar alvo do Ministério Público Federal. Ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Paulo Pimenta (PT-RS) explicou que o corte se refere às fake news espalhadas pelo canal. De acordo com a Folha de S.Paulo, o ministro seguiu entendimentos do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a atitude da empresa, mesmo que a decisão não envolva diretamente a emissora.
“Não foi por uma decisão política, existe uma recomendação do TCU, a partir de um encaminhamento sobre veículos que propagavam fake news. Portanto nós simplesmente seguimos a orientação e a regra dessa recomendação de evitar a vinculação de conteúdo”, disse Pimenta. “Como foi aberta investigação específica sobre a questão da Jovem Pan, inclusive depois do 8 de janeiro, por conta dessa vedação, nós nos sentimos sem possibilidade de manter a empresa no plano de mídia”, continuou.
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Em dezembro, a Secom pagou R$ 90 mil à Jovem Pan para a divulgação do jingle da campanha de fim de ano do governo federal. Paulo Pimenta explicou que não existe uma proibição para pagamento de verbas publicitárias ao canal, mas uma orientação. “Não há uma vedação, há uma recomendação, uma orientação. Se uma agência, se um ministério, entende que para uma determinada a campanha a Jovem Pan… Não tem nenhuma vedação nesse sentido”, declarou.
A Jovem Pan se tornou alvo de investigação do MPF depois de seus comentaristas divulgarem conteúdos desinformativos sobre o processo eleitoral brasileiro. Além disso, o órgão investiga conteúdos com “potencial de incitação à violência e a atos antidemocráticos”. Desde então, o canal demitiu seus principais funcionários que pregavam discursos de direita, como Augusto Nunes, Caio Coppolla, Guilherme Fiúza, Rodrigo Constantino e Zoe Martínez. Até o presidente do grupo, Tutinha, foi afastado de suas principais funções.