Shakira lançou seu novo álbum Las Mujeres Ya No Lloran (As Mulheres Já Não Choram, em português), nesta sexta-feira (22). No trabalho inédito, a artista falou principalmente sobre o término da relação de 11 anos com o jogador de futebol Gerard Piqué e sobre todas as outras dificuldades que enfrentou ao longo do ano de 2023, como por exemplo, a internação de seu pai para fazer uma cirurgia no cérebro.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Shakira avaliou que usou toda a dor que sofreu no último ano para transcrever para a sua arte. “Você sabe, ninguém planeja passar por um término como eu passei. E a dissolução de uma família — provavelmente é uma das coisas mais dolorosas que um ser humano pode experimentar. Mas aconteceu. Se a vida lhe der limões, faça limonada. Foi o que fiz com este álbum —usei minha própria criatividade para processar minha frustração, minha raiva e minha tristeza. Eu transmutei ou transformei a dor em produtividade”, afirmou.
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Um exemplo que Shakira usou para descrever a fase que enfrentou foi o clipe da música Monotonía, lançado em 2022. “No vídeo, eu saio com um buraco no peito, porque essa é exatamente a sensação física que eu tinha quando estava passando pela minha perda. Eu quase sentia que as pessoas podiam ver através do meu peito, ver o que estava por trás. Mas com cada música que eu escrevia, eu estava me reconstruindo. Era como colocar meus ossos de volta juntos”, declarou.
A colombiana explicou o motivo de ter colocado esse nome no novo álbum. “Chorar em si sempre será um mecanismo de sobrevivência para os seres humanos. É uma parte importante da vida. E sinto que nós, mulheres, hoje, não precisamos que nos digam como devemos nos curar, como devemos lamber nossas feridas. Somos nós que temos que seguir em frente e preservar nossa espécie, preservar a sobrevivência de nossa prole, das lobas que somos”, filosofou.
