A Globo exibirá no Supercine deste sábado (30) para domingo (31) o filme A Rainha do Medo. Lançado em 2018, o longa é estrelado por Valeria Bertuccelli, Diego Velázquez, Gabriel Goity, Darío Grandinetti, Mercedes Scápola. A direção foi feita por Valeria Bertuccelli e Fabiana Tiscornia. A produção brasileira do Supercine vai ao ar após o Altas Horas.
Em A Rainha do Medo, Bertuccelli interpreta uma personagem que provavelmente contém elementos de sua realidade. Famosa e, ao mesmo tempo, solitária atriz de teatro, Tina Minelli, é cercada por três acontecimentos que marcam o fio condutor da trama: a estreia de um monólogo em que protagoniza, sua recente separação e a doença de um querido amigo que mora na Noruega. Os dois últimos acabam assumindo mais poder sobre ela e é esse processo que combina luto, medos permanentes e solidão, o que prejudicará seu relacionamento e desempenho profissional.
Como Bertuccelli aparece praticamente o tempo todo na tela, pode-se supor que o peso da gestão, embora não na tomada de decisões, mas no momento operacional, poderia ter recaído sobre Tiscornia, que além de ter pouco destaque nas manchetes que falam sobre o filme, parecem pelo menos tão importantes quanto Bertuccelli na direção. A um guião escrito pela própria Valéria, que parece sempre fluido e com absoluto conhecimento do terreno de que fala, junta-se uma câmara que persegue, mas nunca invade a figura da protagonista. Também não é difícil deduzir ao longo das quase duas horas a solidez da escola em que se formou Tiscornia.
O filme trata da relação que o personagem de Bertuccelli mantém com as pessoas ao seu redor e como elas o influenciam. Uma empregada doméstica, um exército de jardineiros que trabalham de manhã em sua casa, um ex-marido evasivo e até um produtor de teatro. Todos eles constituem o universo em que a protagonista se derrama e de onde extrai seus medos.