Jogador de vôlei mais seguido do mundo, Douglas Souza viu a sua vida mudar repentinamente após as Olimpíadas de Tóquio. “Eu dormi com 70 mil pessoas visualizando minhas postagens e acordei com meio milhão de pessoas vendo o que eu falava”, declarou o jogador que possui mais de três milhões de seguidores nas redes sociais.
Em entrevista para o Estadão, Douglas Souza contou o motivo, na opinião dele, que seu perfil se tornou um sucesso. “As pessoas estavam curiosas pra saber como era lá e queriam estar junto, porque não tinha público. Também porque eu mostrava um pouco dos bastidores. As pessoas têm essa curiosidade com o atleta: o que fazem, comem, como se reproduzem. Para muita gente somos uma incógnita”, revelou.
“Eu não tinha nem pensado nem programado nada e só estava sendo eu mesmo. Tanto que antes da Olimpíada a gente passou um mês na Itália, participando da Liga das Nações, e eu já estava fazendo isso, interagindo com as pessoas. Eu me permiti me mostrar um pouco mais, como eu não fazia antes. As pessoas gostaram do meu humor, do meu jeitinho Douglas de ser”, disse. Parte da comunidade LGBTQIA+, o campeão olímpico afirmou que um ponto importante foi a visibilidade conquistada em Tóquio.
“Acho que essa Olimpíada serviu bastante como um molde pra gente ver o quão importante é isso, visibilidade. De ter um Douglas ali, que deu muita visibilidade não só à comunidade LGBTQIA+, mas também ao esporte de um modo geral. Os atletas também podem ser influenciadores. Isso traz patrocínios para o esporte. Não gosto de ser colocado numa caixinha onde só sou um atleta, não gosto que me coloquem em nenhuma bolha. Sou um atleta, sou streamer, sou youtuber, sou influencer. Eu posso ser tudo o que eu quiser”, contou.
