O Sindicato dos Radialistas e a RedeTV! não chegaram a um acordo para que a emissora concedesse um reajuste salarial para a categoria. Diante disso, os colaboradores da empresa aprovaram em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (30) a realização de uma greve. A partir da meia-noite de terça (31), os trabalhadores do canal vão cruzar os braços por tempo indeterminado.
É a segunda paralisação organizada pela equipe liderada por Amilcare Dallevo Jr. e Marcelo de Carvalho em menos de dois anos. Em outubro de 2019, os profissionais do canal decidiram parar de trabalhar como protesto pela decisão da companhia de proibir a realização de horas extras. Naquela época, diversos programas foram atingidos pela greve, e telejornais foram levados ao ar de maneira precária.
Pressionados, os executivos do canal propuseram um aumento de 3,8% para todas as categorias. A proposta foi recusada, diante da alegação dos trabalhadores de que os seus vencimentos já estão defasados em 18,72%. Além do Sindicato dos Radialistas, o movimento grevista terá o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, que orientou seus filiados a não trabalharem a partir de terça-feira.
O TV Pop antecipou em primeira mão que o Sindicato dos Radialistas de São Paulo havia convocado uma assembleia na porta da emissora às 14h para deliberar sobre a interrupção dos trabalhos, por conta da recusa dos executivos da empresa em negociar um aumento salarial para a categoria, que não tem os seus vencimentos reajustados desde 2018. Para os colaboradores do canal, não fazia sentido algum que os dois sócios responsáveis pela concessão estivessem curtindo férias na Itália enquanto seus comandados tem tido que acumular jornadas de trabalho em outras companhias para sustentar suas famílias.
Na semana passada, os funcionários da RedeTV! se reuniram para exigir o reajuste de seus salários nas condições previstas pela última convenção coletiva de trabalho da categoria. A pauta de reinvindicação havia sido aprovada durante um evento realizado na tarde de terça-feira (24), e as exigências foram enviadas para a diretoria da empresa no dia seguinte.
Ainda no dia 24, os trabalhadores decretaram estado de greve — o termo simbolizava a última tentativa de negociação dos funcionários antes de decidirem, de fato, interromperem a realização de suas atividades.