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EITA

Ex-diretor da Globo, Daniel Filho detona remake de Vale Tudo

Foto de Daniel Filho
Daniel Filho falou sobre remake de Vale Tudo (foto: Reprodução/Globo)

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Fora da Globo desde 2015, Daniel Filho é um dos grandes nomes do audiovisual no Brasil. O diretor comandou tramas como Véu de Noiva (1969), O Astro (1977), Dancin’ Days (1978), Suave Veneno (1999) e criticou a Globo por um remake de Vale Tudo. O executivo também se posicionou contra as novelas do streaming.

O ex-diretor da Globo afirmou que acredita em um desgaste das novelas pelo excesso de remakes. Nos últimos anos, a Globo colocou em sua grade uma nova versão de Pantanal, Elas por Elas e Renascer. “Eu vi isso aí antes, o que está acontecendo agora. Se estão fazendo tantas reprises é porque não tem ninguém pensando fazer coisa nova”, disse em entrevista a Hildegard Angel, na TV Brasil 247. “Quando o americano começa a querer refilmar Psicose, agora em cores. A gente já viu Psicose, Psicose é aquilo”, disse.

O remake de Vale Tudo entrará na Globo pelas mãos de Manuela Dias e o diretor escolhido pela emissora foi Paulo Silvestrini. “Quando eu vejo assim, quem fará o papel de Odete Roitmann. A Odete Roitmann é um papel criado por Beatriz Segall (1926-2018), ele foi criado por ela. Não é que foi escrito e ela fez. A novela é uma coisa que acontece simultaneamente com o público”, pontuou.

Daniel Filho opinou sobre as novelas do streaming como Todas as Flores e Beleza Fatal, da Max. “Eu falei isso para eles e acho ainda. Quando gravam a novela toda, deixou de ser novela. Você entra num risco muito maior que é escrever 80 capítulos, 90 capítulos de uma história sem ter nenhuma repercussão dela. É impossível você acompanhar lendo a possibilidade de que uma novela terá”, contou o diretor.

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O diretor relembrou como aconteciam as gravações antigamente. “A gente começava uma novela com o máximo 20, 22 capítulos escritos e mesmo assim apontávamos os próximos capítulos porque a gente ia ver o que acontecia. Às vezes eu percebia um pouco antes nas gravações, raras vezes a gente substituía um ator, alguém no início de uma novela. Não é que o cara era um mau ator, a química que estava errada e sem química a gente sabe que não funciona. Você se propor a uma novela que está pronta, não é uma novela. Não é uma novela. Você perde um dos principais autores, o qual é o público. É o público que vai te levando a arriscar”, concluiu.

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