Bruno Luperi tem promovido algumas mudanças importantes em Renascer, a fim de corrigir falhas que poderiam acontecer caso a trama seguisse à risca o que foi escrito por Benedito Ruy Barbosa em 1993. A novela das 21h da TV Globo ganhou intervenções do autor para sair do marasmo e ganhar mais movimento nos próximos capítulos – tendo em vista que o folhetim só chegará ao fim em setembro, ou seja, há inúmeros capítulos pela frente.
De acordo com o Notícias da TV, uma das mudanças tem a ver com o anúncio de José Bento (Marcello Melo Jr) sobre o “renascimento” do cacau no Brasil. No início da novela, José Venâncio (Rodrigo Simas) disse que navios vindos da África chegavam abarrotados da fruta na costa brasileira. Este cenário só faria sentido em 1993, por isso agora a explicação dada a José Inocêncio (Marcos Palmeira) é a de que questões climáticas no Senegal e na Costa do Marfim, os maiores produtores do mundo, acabaram elevando o preço da commodity, beneficiando os brasileiros.
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Bruno Luperi também mudou abordagens sobre o meio ambiente e sustentabilidade, que foram de certa forma criticadas em Pantanal (2022). No remake, João Pedro (Juan Paiva) é o responsável por ser porta-voz da causa, tendo uma forte relação com a terra e revertendo a crise na fazenda do pai através da produção de um cacau com maior qualidade. Esse movimento aconteceu na vida real na região onde Renascer se passa, no sul da Bahia.
Há mudanças em relação ao machismo sofrido por Iolanda (Camila Morgado), que não quer mais ser chamada de dona Patroa. Sobre Buba (Gabriela Medeiros), as mudanças estão relacionadas a termos que fazem parte das pautas LGBTQIA+, como a introdução de assuntos como “nome morto” e até mesmo rejeição familiar contra pessoas trans.
