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O OUTRO

Globo resgata novela com Malu Mader que se tornou alvo de processo de R$ 3 milhões

Foto de Francisco Cuoco e Malu Mader em O Outro, da TV Globo
O Outro se tornou um grande problema para a Globo (Foto: Divulgação/Bazilio Calazans)

A Globo disponibilizará em breve a novela O Outro (1987), a primeira solo de Aguinaldo Silva, através do Projeto Resgate no Globoplay. De acordo com o site Heloisa Tolipan, a trama foi a primeira que teve Malu Mader no papel de protagonista e também contou com o retorno de Francisco Cuoco às novelas, depois de ficar fora de trabalhos desse gênero desde 1983. O problema é que a produção ficou marcada de verdade por uma série acusação de plágio.

A autora Tânia Lamarca escreveu uma sinopse de uma trama chamada Enquanto Seu Lobo Não Vem, em 1986. A história foi desenvolvida na Casa de Criação Janete Clair, criada um ano antes, para orientar dramaturgos a escreverem novelas. A sinopse ficou disponível para ser aproveitada pela casa, mas quando O Outro foi lançada, a autora identificou que sua história foi usada sem sua autoria.

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Tânia denunciou a TV Globo à Justiça por crime de lesão de Direito Autoral por não ter sua autoria reconhecida. Ela escreveu a sinopse com Marilu Saldanha, mulher do diretor-adjunto nacional da vice-presidência de operações da emissora, Walter Borja Lopes, o Borjalo (1925-2004). Foi o próprio executivo quem se deparou com a própria assinatura na capa do manuscrito do texto.

Apesar das acusações de plágio, O Outro e Enquanto Seu Lobo Não Vem possuíam diferenças no enredo dos personagens principais. Aguinaldo Silva chegou a se defender e citou até ter sido alvo de uma armação, de acordo com o Jornal do Brasil. Ele afirmou que sua única inspiração foi o filme O Terceiro Homem, de 1949.

Segundo o jornalista Nilson Xavier, Tânia assinou um acordo com a Globo através de uma determinação do Supremo Tribunal Federal em 1994, e embolsou R$ 3 milhões, que foram usados para produzir o filme Buena Sorte.

Além do problema de plágio, O Outro contou com problemas nos bastidores. Marcos Paulo (1951-2012) decidiu não fazer a trama, dando lugar a Paulo Afonso Grisolli (1934-2004). José Lewgoy (1920-2003) odiava fazer a novela e pediu para deixar o trabalho apesar de ter um papel importante. Elaine Cristina também tinha horror à trama, chegando a dizer que o trabalho “foi um corvo” em sua vida.

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