Evaristo Costa voltou a falar sobre sua demissão da CNN Brasil. Em conversa com a IstoÉ, o jornalista não escondeu a revolta com o canal de notícias pela forma como foi informado de que seu contrato seria rompido. Segundo o ex-apresentador da Globo, o motivo alegado pela rede foi a falta de patrocínios para o programa Séries Originais. “Alegaram que não conseguiram vender patrocínio para meu programa, que não é a minha área”, contou.
“Eu fui dispensado da forma que noticiei: descobri sozinho, assistindo à chamada da nova programação e não me vi lá. Um dia, antes de voltar das férias, liguei e disseram que não tinham mais interesse nos meus serviços, a menos que eu voltasse para o Brasil, mas isso eles sabiam que eu não aceitaria. Por isso, acredito que já estava tudo acertado entre eles. Desliguei o telefone e os acordos passaram a ser entre advogados”, explicou o ex-âncora do Jornal Hoje.
Evaristo disse ainda que a emissora queria anunciar o rompimento teria ocorrido em comum acordo, mas ele negou a sugestão. “Nesse meio tempo, sugeriram anunciarmos de forma conjunta à imprensa que foi um distrato de comum acordo e que isso seria bom para imagem de ambas as partes, segundo palavras deles. Eu não aceitei. Faltavam 15 meses ainda quando fui surpreendido. Não foi de comum acordo. Me programei para estar aqui na Inglaterra para as gravações, como está em contrato”, comentou o apresentador.
O profissional ainda fez questão de lembrar que não foi ele quem procurou a CNN Brasil para ser contratado, mas sim, a emissora que foi até a Inglaterra para contratá-lo. “Foram totalmente despreparados. Não fui eu que pedi pra trabalhar lá, eles vieram aqui em Cambridge me buscar e aceitaram todas minhas exigências. Eu honrei tudo que prometi”, disparou.
“Milhares de pessoas se identificaram com o que passei. A gente se sente mal, com a autoestima no pé. Não é fácil colocar a cara e dizer: ‘fui demitido’. Não é fácil de dizer nem pra sua família, o que dizer de falar abertamente na internet? Por isso, foi importante a verdade e mostrar pras pessoas que ninguém está livre de ser demitido. O questionável é a forma. Boas empresas devem se preocupar até com como vão demitir seus funcionários. Ninguém mais aceita desrespeito. Empresas competentes cuidam bem da sua reputação”, desabafou. “Saio de cabeça erguida, com minha imagem muito mais fortalecida. Não errei e fui correto com meus princípios”, disse Evaristo Costa.