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TICO LEONEL

Eduardo Moscovis revela que quase interpretou outro personagem em No Rancho Fundo

Foto de Eduardo Moscovis
Eduardo Moscovis falou sobre papel em No Rancho Fundo (foto: Reprodução/Globo)

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Eduardo Moscovis voltou às novelas da Globo, interpretando o avarento Ariosto em No Rancho Fundo. Curiosamente, ele quase foi escalado para viver o protagonista Tico Leonel, papel que acabou ficando com Alexandre Nero. Em entrevista ao gshow, o artista sinalizou que não considera Ariosto um vilão.

“A gente foi conversando sobre um monte de coisa, inclusive, sobre os personagens. E uma primeira ideia do Allan (Fiterman, diretor) foi que eu fizesse o Tico, e o Alexandre, o Ariosto. Eu ia adorar fazer o Tico, mas estou adorando o Ariosto”, disse Moscovis.

Na trama escrita por Mario Teixeira, Ariosto é pai adotivo de Artur (Túlio Starling) e marido de Dona Manuela (Valdineia Soriano). Ele é um milionário recluso e avarento que não suporta o filho. Inicialmente, tenta comprar a turmalina paraíba de Zefa Leonel (Andrea Beltrão) por um preço irrisório e, depois, decide roubá-la. No entanto, Eduardo Moscovis prefere ver Ariosto como “um velho de espírito”.

“Ele é um cara de difícil contato, de difícil convivência, trata mal o filho, desconfia da mulher. Ele é um cara preconceituoso, homofóbico, avarento, mal-humorado, um cara que gosta de dinheiro e aí aparece uma pedra que vale milhões e ele, como outras pessoas, se mobiliza para conseguir essa pedra. Mas não sei se isso pode colocá-lo numa prateleira de vilania. Não estou defendendo que ele seja ou não. Mas por enquanto, não o percebo como um vilão”, afirmou.

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Eduardo Moscovis também destacou o desafio de interpretar Ariosto em No Rancho Fundo. Ele comparou a dificuldade de se conectar com o personagem à imagem do sertão, conforme sugerido pelo diretor Allan Fiterman. “Estava com muita dificuldade de me aproximar dele. Pensei: ‘Não vou conseguir fazer esse cara, ele é muito difícil, como que ele fala essas coisas para a mulher? E para o filho dele?’ E o Allan falou assim: ‘O Ariosto é igual ao sertão, ele é seco, ressequido, ele é um bloco, nada flui para ele’. E achei essa imagem tão bonita e esclarecedora, que me serviu como uma entrada”, relembrou.

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