A herança deixada por Zagallo (1931-2024) segue gerando brigas entre os quatro filhos do ex-treinador da Seleção Brasileira. Três dos herdeiros acusam o caçula de ter coagido o pai durante anos para obter a maior parte dos bens deixados pelo ex-jogador. Eles afirmam que o irmão teria escondido imóveis, além de ter se apossado de grandes quantias de dinheiro das contas bancárias do veterano.
De acordo com o Notícias da TV, Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina acusam Mário Cézar de ter ocultado parte do patrimônio que era de Zagallo para deixá-los em desvantagem na hora da divisão desses bens. Eles entraram com uma ação para recalcular a partilha na 1ª Vara de Família da Regional da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
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Os herdeiros receberam 12,5% da herança, enquanto o caçula garantiu 62,5% do valor. No testamento, Zagallo afirmou que foi abandonado pelos filhos, com exceção do mais novo. Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina, no entanto, garantem que foram afastados do pai através de manipulações do próprio irmão.
Há também acusações de desvio de dinheiro, com movimentações suspeitas que teriam acontecido em 2016 diretamente da conta de Zagallo para Mário Cézar. O veterano transferiu R$ 3 milhões para o caçula em maio, e mais R$ 2 milhões em novembro. Os outros filhos avaliam que as transferências não eram compatíveis com o estilo de vida do pai.
“Os filhos ainda tomaram ciência, em 2016, de vultosas e recorrentes movimentações financeiras dessa mesma época nas contas do falecido –algo completamente incompatível com o padrão de vida que o pai idoso levava”, expôs a advogada dos filhos mais velhos no processo.
“Os irmãos passaram a perceber um aumento patrimonial abrupto, repentino e injustificado por parte de Mário Cézar, além do encerramento das contas conjuntas com Maria Emília”, acrescentou.
Os três filhos do ex-técnico contam que foram proibidos de entrarem no condomínio que o pai morava. Antes, seus nomes apareciam como residentes, tendo acesso livre para transitar no imóvel e visitar o veterano. Nos últimos anos, uma conta conjunta entre Maria Emília e o pai foi excluída, a fim de encerrar vínculos com a herdeira.