Izabella Camargo afirmou que não se arrepende de ter trabalhado no governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2019, apesar de admitir que o ambiente não era ideal para ela. A ex-jornalista da Globo esteve no Ministério da Ciência e Tecnologia por três meses depois de ser demitida pela emissora no final de 2018.
A comunicadora explicou que foi convidada pelo então ministro Marcos Pontes para “ajudar a popularizar a ciência” e aceitou a proposta sem hesitação. “Achei incrível. E naquele momento não tínhamos a mínima ideia do que seria o governo. Eu não tenho partido, cor, lado nenhum, sou isenta de viés [político]. Naquele momento, sem emprego, sem informações do que aconteceria, claro que aceitei”, sinalizou.
Izabella Camargo revelou que na primeira semana ligou para o marido dizendo “isso não é para mim”. “Quando chego lá, na minha primeira semana, entendi que era muito idealismo da minha parte que de fato conseguiria popularizar a ciência. O Marcos até me deu carta-branca, mas acontece que ninguém faz nada sozinho”, contou.
A jornalista garantiu que deu o seu melhor durante os três meses no ministério. “O modelo de comunicação não era o meu. Nesses três meses, fiz o melhor que pude, dentro das condições que eu tinha, para popularizar a ciência. Não me arrependo porque foi importante”, pontuou.
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Izabella Camargo foi demitida da Globo em 2018 e reintegrada por decisão judicial em 2019. Pouco tempo depois, a comunicadora saiu com um acordo da emissora carioca. Após três anos e um processo milionário, a jornalista afirmou que se negligenciou para entregar o que a emissora pedia. “Todo lugar com o prestígio que a Globo tem faz você se negligenciar. Quando seu corpo está doendo, ou quando uma dor te acomete, você vai se anestesiando, vai buscando vitamina, tomando café e energético”, relatou em 2023.
