Estrela de várias novelas da TV Globo, Leonardo Miggiorin fez um balanço sobre seu período de aceitação como homem gay. No Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado em 28 de junho, o ator explicou por que sempre evitou falar sobre sua orientação sexual e contou que tratou o assunto de forma natural dentro de casa, por isso não acreditou que era necessário expor sua intimidade publicamente. “Nunca precisei fazer isso dentro de casa, justificar ou dar satisfações sobre minha vida particular, então não entendia por que eu deveria tratar desse tema publicamente”, declarou, em entrevista ao portal NaTelinha.
“Hoje entendo que é preciso me posicionar, pois queremos a verdade das pessoas. Mas, sinceramente, nunca tive essa intenção”, contou. “Aos 40 anos de idade, com 25 anos de carreira, depois de viver tantos anos numa vida pública, comecei a me sentir como um adolescente, me escondendo, deixando a vida passar para manter uma imagem, com medo de desagradar certas pessoas ou de não ser mais chamado para trabalhar como ator”, entregou o artista, que atualmente namora o produtor e empreendedor Victor Amado.
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Leonardo Miggiorin declarou que não sabe como será sua carreira daqui para frente, mas avaliou que é muito importante ser autêntico e dono da própria verdade e da própria vida. “Ninguém merece viver escondendo sua personalidade. Sou livre para fazer minhas escolhas e construir minha trajetória a partir disso. Me sinto, pessoalmente, mais integrado, menos fragmentado. Era como se houvesse um tema oculto, algo que não podia ser citado. Minha comunicação não era transparente e hoje me libertei deste peso”, pontuou o artista de Vicky e a Musa, do Globoplay.
O ator revelou que já teve vergonha por achar que tinha uma sexualidade diferente. “Eu já senti vergonha por achar que minha sexualidade era diferente dos outros. Mas vamos ser sinceros: a sexualidade de alguém é igual a de outra pessoa? Todos somos únicos e temos uma experiência única na vida. Ninguém é igual. Nem na sexualidade somos iguais”, refletiu. “Ninguém merece sentir vergonha por algo que é intrínseco à sua experiência de vida. Algo íntimo, que não fere outras pessoas, que não é ilegal. Penso que mexe mais com a fantasia das pessoas do que com a realidade, em si. É uma questão de valores humanos”, concluiu.
