Marcelo Serrado revelou que a morte de Domingos Montagner (1962-2016) nas gravações de Velho Chico (2016) desencadeou um grande trauma em sua vida. O ator, que fazia parte do elenco da novela da TV Globo, havia gravado no mesmo rio em que o colega morreu minutos antes da tragédia. Em entrevista para Marcelo Tas no Provoca, da TV Cultura, o artista contou que o momento foi o mais difícil de sua trajetória profissional.
“Estava gravando no rio São Francisco, lá em uma cidade chamada Piranhas, em Alagoas, e eu soube da morte do Domingos Montagner. Eu tinha acabado de gravar no rio com o Marcos Palmeira e tive que lidar com aquela situação toda. Aquilo mexeu muito comigo. Aquilo foi devastador para todos nós que éramos amigos dele, mas devastador para mim, de estar ali, vivendo aquilo. Não queria ter vivido aquilo ali. Foi extremamente traumático. Uma coisa inexplicável”, contou.
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Marcelo Serrado refletiu sobre a tragédia e entregou que o elenco chegou a confraternizar tomando cerveja um dia antes da morte de Domingos Montagner. “Um dia antes, a gente estava tomando cerveja em um boteco com os amigos, com todo mundo da novela. Ali foi um divisor de águas na minha vida, no sentido de: ‘Caraca, que vida é essa? Que coisa inexplicável que a vida nos traz'”, afirmou.
Luta contra ansiedade e crises de pânico
O ator virou notícia recentemente ao ter uma crise de pânico antes de pegar um voo dos Estados Unidos para o Brasil. Na entrevista com Marcelo Tas, ele contou que a pressão por conseguir trabalhos acabou desencadeando o problema.
“A saúde mental é o mal do século. É um sinal físico, no sentido dessa coisa das mãos e pés gelados, o coração acelera. Tem uma certa ansiedade de você trocar de posição. Você tem uma certa tensão para entrar em cena, se colocar ali… Mas eu me coloco atento, porque é normal. Quem está do lado, não pode amenizar. É aterrorizante. Imagine um monstro dentro de você tentando te dominar e te levar para o submundo”, afirmou.
“[…] Sempre fui um cara muito proativo, até por conta da minha necessidade de vida. Não vim de família rica, sou uma pessoa de classe média. Me sustento do meu trabalho e vivo da minha profissão, do meu ofício. Eu sempre trabalhei muito. Então eu optei por continuar trabalhando, porém, ser mais seletivo”, concluiu Marcelo Serrado.