A Globo ressuscitou uma de suas novelas mais fracassadas em termos de audiência dos anos 2000. Bang Bang (2005), que foi exibida na faixa das 19h e contou com grande elenco, estreou no Globoplay nesta segunda-feira (15), depois de 19 anos “escondida” do público. Protagonizada por Bruno Garcia e Fernanda Lima, a trama enfrentou vários problemas em seus bastidores, o que acabou refletindo na aceitação dos telespectadores.
A ideia da novela foi uma dúvida para o próprio autor, Mário Prata, que ambientou a história em um cenário de faroeste estadunidense, na cidade de Albuquerque. O escritor estreou o projeto sem ter certeza de que sua ideia emplacaria. “Dizem que, nesse horário, 35 [pontos] de Ibope é a média. Bang Bang não vai dar isso. Ou dá 40 ou mais, ou 30 ou menos. Nem eu nem a Globo sabemos no que vai dar, mas estamos nos divertindo”, disse ele na festa de lançamento do folhetim.
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Bang Bang teve uma média de 27,5 pontos na Grande São Paulo, o que representa um fiasco para a época. O público não comprou a ideia de uma novela que se passava fora do Brasil, completamente diferente do que era feito na faixa até então. Os nomes dos personagens em inglês também não agradaram, fazendo com que a trama nunca fosse reprisada no Vale a Pena Ver de Novo.
A ideia do autor era transformar Bang Bang em uma trama faroeste que fizesse alusões à política brasileira, assim como aconteceu com Que Rei Sou Eu? (1989), ambientada na Europa de 1786. O problema é que Mário Prata precisou se afastar dos trabalhos da novela logo nos primeiros capítulos para tratar uma osteoporose. A colaboradora Márcia Prates assumiu a coordenação dos capítulos, enquanto Carlos Lombardi era chamado para seguir com o texto. Com a trama completamente remendada, o história se perdeu e irritou o público.
