Regina Duarte usou as redes sociais na última segunda-feira (15) para se retratar devido a uma condenação judicial. A ex-atriz sofreu a punição depois de publicar uma imagem da falecida atriz Leila Diniz (1945-1972) ao lado de Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell, que protestavam contra a censura imposta pelo AI-5 em 1968. Na ocasião, a veterana publicou o registro como se elas estivessem se manifestando a favor da Ditadura Militar (1964-1985).
A filha de Leila, Janaína Diniz, entrou com uma ação contra Regina Duarte, que foi condenada a pagar R$ 30 mil pelo uso indevido da imagem. A Justiça entendeu que a publicação da atriz deturbou o verdadeiro sentido daquele protesto. A artista lamentou a decisão judicial e afirmou que sua intenção nunca foi prejudicar ninguém ao relembrar o registro.
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“[Ao publicar a foto] Eu pensava estar ressaltando o valor e a força da Mulher, através daquele grupo de atrizes que eu amava, respeitava e eram para mim um exemplo: lutavam por seu direitos democráticos e liberdade de expressão”, se defendeu. “Penitencio-me por ter usado uma imagem captada em 1968 referindo-se, no vídeo, a um movimento das brasileiras em 1964”, continuou.
A defesa de Janaína Diniz, no entanto, avaliou que não houve retratação na publicação, já que não ficou explícito que a foto não se tratava de uma tentativa de golpe. De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a advogada da diretora, Maria Isabel Tancredo, alegou que Regina Duarte burlou a condenação da Justiça.
“É evidente que não cumpre com a obrigação de explicitar aos seguidores da atriz que Leila Diniz nunca apoiou a ditadura militar e que a fotografia utilizada no conteúdo foi, na verdade, feita em um contexto de oposição ao regime e à censura”, disse a advogada. “[…] Não é uma confusão interpretativa, era uma peça de desinformação. As decisões judiciais não existem para serem burladas, mas para serem respeitadas”, finalizou.