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AÇÃO JUDICIAL

Regina Duarte tem recurso negado e deve pagar mais de R$ 160 mil à filha de atriz

Foto de Regina Duarte
Regina Duarte deve pagar multa alta à filha de Leila Diniz (Foto: Reprodução/Instagram)

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Processada por Janaína Diniz, filha da atriz Leila Diniz (1945-1972), Regina Duarte teve um recurso negado pela Justiça. A ex-ministra da Cultura tentou se livrar da multa estipulada no valor de R$ 30 mil, mas não obteve sucesso. A indenização, acrescida de juros e correção monetária, além de uma multa diária caso não apague uma publicação, já faz com que o valor supere os R$ 160 mil.

De acordo com o portal iG, a ex-atriz da Globo foi processada depois de usar uma imagem de Leila Diniz e de várias outras atrizes como se estivessem defendendo a Ditadura Militar. Na ocasião, elas protestavam contra a censura imposta pelo AI-5, que manteve os teatros no Rio de Janeiro fechados por dias em 1968. Janaína entrou com o processo por danos morais para que a imagem de sua mãe não fosse associada à Ditadura.

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Regina Duarte fez uma publicação no Instagram no dia 11 de julho se retratando de sua publicação. “Preciso partilhar com vocês a condenação que sofri em 07 de março de 2024, pelo Juizado de Pequenas Causas do Foro do Rio de Janeiro. Retrato-me aqui agora, em consequência de uma publicação que fiz no Instagram. O vídeo incluía a emblemática foto em que aparece minha amiga Leila Diniz, uma das mais queridas atrizes deste país, que nos deixou aos 27 anos em 14 de junho de 1972. Eu era sua fã e amiga!”, escreveu.

Para Janaína, Regina Duarte não se retratou através da publicação. De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a advogada da cineasta, Maria Isabel Tancredo, alegou que a atriz burlou a condenação da Justiça.

“É evidente que não cumpre com a obrigação de explicitar aos seguidores da atriz que Leila Diniz nunca apoiou a ditadura militar e que a fotografia utilizada no conteúdo foi, na verdade, feita em um contexto de oposição ao regime e à censura”, disse a advogada. “[…] Não é uma confusão interpretativa, era uma peça de desinformação. As decisões judiciais não existem para serem burladas, mas para serem respeitadas”, finalizou.

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