O documentário sobre a vida de Jô Soares (1938-2022), chamado Um Beijo do Gordo, detalhou os momentos finais do entrevistador. Drauzio Varella, que foi um dos grandes amigos do artista, entregou na produção do Globoplay como foram as últimas conversas com o veterano, que se manteve lúcido e conformado até seu último dia.
O depoimento do médico relatou como foram os últimos dias do apresentador, que enfrentou uma série de enfermidades na fase final da vida. Além o amigo, outras três pessoas tiveram o direito de ficar ao lado do famoso em seu leito de morte: Carlos Jardim, médico que cuidava do caso de Soares; Flávia Pedras, ex-mulher do apresentador; e Zélia Duncan, cantora e atual mulher de Flávia.
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“Eu gostaria muito de terminar os meus dias como ele terminou os dele. Ele chamou a gente, as pessoas mais íntimas, e disse: ‘Eu vivi 84 anos. Vivi muito bem, fiz muitas coisas. Eu não quero viver a qualquer preço. O que eu queria mesmo agora era ir pra minha casa e morrer vendo os filmes antigos que eu gosto'”, contou Drauzio Varella.
“Olha que eu tenho experiência com doentes em fase terminal, fiz isso a vida inteira. Mas é difícil você ver alguém com essa tranquilidade. Com essa sabedoria de chegar num momento como esse e dizer: ‘Deu, né? Não posso me queixar, fiz tudo que eu queria'”, continuou.
Drauzio Varella explicou que Jô Soares ficou muito fraco em seus últimos dias, mas decidiu não realizar nenhum tratamento para aliviar seus problemas. “Ele disse: ‘Não quero fazer hemodiálise, não quero ir para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), não quero ser intubado. Tá bom assim'”, contou.
O apresentador afirmou que queria ficar em luz baixa assistindo aos filmes antigos que sempre gostou de ver. “Falei: ‘Pô, Jô, você quer dirigir até a cena final?’. Ele riu na hora e falou: ‘Exatamente. Eu quero dirigir a cena final'”, concluiu.
Jô Soares morreu no dia 5 de agosto de 2022, em decorrência de de insuficiência renal e cardíaca, estenose aórtica e fibrilação atrial.