Gustavo Reiz passou pela Globo ao escrever Fuzuê (2023) e teve uma longa carreira na Record escrevendo novelas como Sansão e Dalila (2011), Dona Xepa (2013), Escrava Mãe (2016) e Belaventura (2017). O novelista sinalizou que teria interesse em fazer um remake de Roque Santeiro (1985).
O autor relatou que enxerga potencial nos remakes e acredita que boas histórias merecem ser contadas novamente. “Eu adoraria fazer [o remake] de Roque Santeiro. Por mais que essa novela seja uma entidade, a história de Roque Santeiro dialoga com a sociedade atual e os temas continuam vivos”, pontuou. A novela gira em torno de Asa Branca, cidade fictícia localizada no Nordeste brasileiro que vive em torno do mito Roque Santeiro, um jovem escultor de imagens sacras que morre em uma batalha contra os cangaceiros liderados por Trovoada, que invadiram a cidade.
“De modo geral, vejo uma boa vontade da Globo de querer novas histórias e existe um trabalho de renovação com autores com os colaboradores tendo oportunidade de apresentar projetos autorais. Eu adoraria que o SBT voltasse a fazer novelas como fazia antigamente, como Éramos Seis (1994) e Fascinação (1998)”, declarou. “A própria Record, que faz novelas bíblicas aclamadas no mundo inteiro, poderia ampliar mais o leque de produções. Está rolando uma onda de remakes e não sou contra isso. Existe uma geração que não acompanhou as histórias e se elas são potentes, por que não refazer?”, questionou em conversa com o UOL.
Gustavo Reiz abriu o jogo sobre a saída da Globo depois de trabalhar em Fuzuê. “O trabalho do autor é parte de uma engrenagem, de um produto que precisa de um grande diretor, de um grande produtor. Se meu trabalho não faz mais sentido para a empresa ou se a empresa não me supre artisticamente, a vida nos leva para outro lugar”, disse.
