Daniel Ortiz, autor da novela Família É Tudo, da Globo, trabalhou em países como Peru e o México. O novelista trabalhou na TV Azteca e criou a primeira temporada do reality show musical La Academia. Na Televisa, empresa de mídia mexicana líder na produção de conteúdo audiovisual em espanhol, o contratado da Globo vendeu histórias que não foram produzidas.
O novelista relembrou as diferenças culturais entre a Televisa e a Globo, destacando o estrelismo dos atores fora do Brasil.”Lá é muito diferente. Na Globo, por exemplo os atores andam de camiseta, chinelo, são mais simples. Já na Televisa, por exemplo, a Lucero entra com dois ou três seguranças, imagine. Lá o nível de estrelismo é muito grande, porque não é só o México, é a América Latina inteira”, contou em conversa com o UOL.
O autor da Globo sempre traz algum detalhe da América Latina nas novelas. “Eu tenho muito carinho pelo México, em Salve-se Quem Puder (2020) a novela começava no México, tinha um personagem mexicano. E aí eu pensei: Por que não trazer uma personagem inspirada de lá?”, contou sobre Lupita (interpretada por Daphne Bozaski) em Família é Tudo.
Daniel Ortiz detalhou que antigamente era mais fácil escalar atores na Globo pelo contrato fixo. “Antes você conseguia planejar o elenco com antecedência, um ano antes, por exemplo. E depois da pandemia, com os streamings que mudaram o hábito do público, o mercado ficou mais competitivo. Você vai conseguir ter certeza mesmo do elenco dois meses antes ou fechar umas duas semanas antes”, pontuou.