Pedro Cardoso disparou críticas ao economista Delfim Netto (1928-2024), morto no dia 12, e Silvio Santos (1930-2024), morto no sábado (17). O ator, conhecido por seu trabalho em A Grande Família (2001-2014), da TV Globo, afirmou que é justo que a dor dos familiares seja respeitada neste momento, mas declarou que os dois são “abusadores do Brasil que serviram à ditadura militar (1964-1985)”.
“Eu nada teria a dizer sobre eles. Suas atuações públicas dizem antes; são degradantes. Os dois serviram à ditadura militar torturadora de 1961, 1964, 1968. A ditadura que assassinou pessoas que a ela se opunham, como todas as ditaduras o fazem”, escreveu o artista em uma publicação feita no Instagram.
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Pedro Cardoso também criticou celebridades que criticaram o bolsonarismo nos últimos anos, mas agora enaltecem as carreiras do economista e do apresentador. “A verdade tem que ser dita. Silvio e Delfim foram empregados da ditadura militar. Enriqueceram porque serviram a ela; e jamais por conta de possuírem dotes intelectuais excepcionais. Talvez os tivessem, mas o que os fez ricos e poderosos não foram suas qualidades, mas os seus defeitos, suas fraquezas éticas!”, disparou.
“Deixar que soe elogio póstumo a eles sem resistir contribuiria para que os servidores das ambições ditatoriais de hoje possam ser tomados também por pessoas benéficas para o Brasil”, continuou.
Vale ressaltar que Silvio Santos sempre teve boa relação com os governos, e chegou a exibir mensagens patriotas na TV durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, como a frase “ame-o ou deixe-o”. Delfim Netto, por sua vez, comandou a economia brasileira durante 13 dos 21 anos da ditadura militar no país.
Pedro Cardoso aproveitou seu desabafo para detonar Elon Musk, empresário bilionário responsável por administrar a rede social X, outrora o Twitter. “Elon, outro soldado do autoritarismo, revoltadinho com a soberania brasileira do STF, faz teatro de que se vai. Já iria tarde, se fosse”, escreveu o humorista, em referência à retirada da administração da rede social do Brasil por discordância com o Supremo Tribunal Federal.