Carlos Alberto de Nóbrega pediu pelo cancelamento da gravação de A Praça é Nossa na última quarta-feira (21) por causa da morte de Silvio Santos (1930-2024). O veterano fez a solicitação ao SBT por estar de luto pelo eterno amigo e foi prontamente atendido. O programa de humor exibirá uma edição dos anos 1980 que contou com a participação especial do dono da emissora.
De acordo com a coluna de Flávio Ricco, do R7, existe um consenso internamente de que não há clima para gravações felizes na emissora devido à partida tão recente do apresentador. A morte do veterano foi tão impactante que mobilizou as emissoras concorrentes e até alterou suas programações. A Globo, por exemplo, dedicou várias de suas atrações nos últimos dias a homenagear o comunicador.
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A Praça é Nossa exibirá a única vez que Silvio Santos se sentou no tradicional banco da atração, que foi justamente na data de estreia do programa no SBT com Carlos Alberto de Nóbrega. Foi também a única vez que o dono da emissora participou de outra atração que não fosse a sua própria ou o Teleton, que é o programa assistencial da empresa em parceria com a AACD.
A edição que já estava gravada e editada, e deveria ir ao ar nesta quinta-feira (22), deve ser exibida no dia 29 de agosto, de acordo com o Notícias da TV.
Tristeza de Carlos Alberto de Nóbrega
Carlos Alberto de Nóbrega lamentou a partida de Silvio Santos em uma entrevista ao Fantástico, da TV Globo. “Nos conhecemos no começo da carreira e tivemos uma afinidade muito grande. Eu tinha 18 anos de idade, e ele, 24. O Silvio era muito tímido, era locutor comercial do meu pai”, contou.
O humorista revelou que foi o Homem do Baú que arcou com o tratamento de câncer de Manoel de Nóbrega (1913-1976), seu pai.”Silvio me chamou e me disse que meu pai não chegaria até o fim do ano. Mas me falou: ‘o que o dinheiro puder comprar, seu pai vai ter’. E o Silvio pagou todo o tratamento do meu pai, de uma gaze até três cirurgias. E ele nunca me pediu um recibo”, relembrou.
O veterano concluiu sua declaração agradecendo a parceria do apresentador. “Ele tinha vergonha de ser bondoso. Isso eu te garanto pelos 70 anos de amizade que tivemos: ele era uma pessoa boa”, avaliou.
