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DAY MCCARTHY

Justiça condena à prisão mulher que chamou filha de Bruno Gagliasso de “macaca”

Foto de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso tiveram vitória na Justiça contra mulher que ofendeu Titi (Foto: Reprodução/Instagram)

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A socialite Day McCarthy foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro pelos xingamentos racistas contra Titi Ewbank Gagliasso. Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank tiveram a vitória nos tribunais três anos depois de conseguirem entrar com a denúncia. A mulher que chamou a menina de “macaca” nas redes sociais proferiu as ofensas em 2017, mas só pôde ser citada depois de quatro anos.

De acordo com o Notícias da TV, a mulher foi condenada a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado. A Justiça, no entanto, ainda não decretou a prisão. Em fevereiro, ela recorreu da decisão na esfera cível, mas foi condenada criminalmente por racismo pelo Ministério Público. A empresária também deverá pagar R$ 180 mil pelos insultos, mas o advogada da família avaliou que o valor pode ultrapassar o valor de meio milhão de reais.

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A sentença da indenização foi assinada pelo juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 32ª Vara Cível do Rio. O representante jurídico de Day McCarthy, Gil Ortuzal, afirmou que vai preparar mais um recurso a favor da cliente. Ela foi julgada à revelia, quando é comunicada oficialmente sobre o processo, mas não se defende perante o juiz.

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank divulgaram uma carta aberta comemorando a decisão da Justiça nesta sexta-feira (23). “Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde”, escreveu.

“Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas –aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmesurado. Demos voz aos idiotas?”, continuou.

Bruno Gagliasso afirmou que teve batalha, mesmo tendo privilégios. “Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado”, disparou.

“Essa á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade.

Seguimos confiantes na atuação consistente do judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos – enaltecemos também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro pela atuação firme e combativa. E somos gratos à advogada Juliana Souza e sua equipe que nunca nos deixou esmorecer.

Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”.

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